São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 2006

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CARTAS

Mochileiros fazem sucesso, mas rótulos são criticados; já os emos provocam mais polêmica

Rótulo insuportável
"Achei a última edição fantástica! Abordou adolescentes "backpackers", consumismo, Photoshop e rótulos! Os destinos propostos pra trilhas foram úteis. Ainda há a questão dos rótulos, que vem tendo destaque esse ano, como na reportagem sobre os emos e a do Bonde das Impostora, contra os indies. Isso de rotulação é insuportável!"
EVELYN SAIZAKI, 16, Itapecirica da Serra, SP

Emos na berlinda
"Li a carta do leitor Cesar Akira, publicada no dia 12/6, em que é abordado o tema "emo". Ele fala dos emos, dos garotos e garotas emos, do preconceito contra os emos, emo pra cá, emo pra lá, e uma pergunta me ocorreu: a quem, exatamente, ele está se referindo? Quem são, afinal de contas, esses emos? Ou melhor: o que é ser (ou não ser [eis a questão]) emo? Ao que me parece, tudo não passa de uma grande ilusão, fruto da necessidade de se auto-intitular para ter uma identidade já inventada, que é reconhecida rapidamente. Não é possível engarrafar e rotular pessoas distintas e chamá-las por um só nome, como se todas fossem iguais, clones saídos de uma fábrica, ou cães de uma mesma raça criada em laboratório. Uma pessoa é, antes de mais nada, uma pessoa, diferente de todas as outras que existiram, existem e existirão. Apenas algumas delas resolveram deixar a franja comprida e lambida com gel, fazer o quê... Portanto não existem os emos, existe somente a idéia que se faz do que seriam os emos. Essa idéia é como a parede: você olha a parede e a vê como um todo, mas, se olhar no microscópio, verá que é feita de células, assim como a tribo emocore ou qualquer outra tribo, no fundo, é feita de pessoas. Eu prefiro olhar no microscópio."
DANIEL AVELINO PEREIRA, 17, Rio de Janeiro, RJ

Fã pede Good Charlotte
"Olá, pessoal! Quero dizer que eu sou fã do caderno, adoro as entrevistas, adorei a matéria sobre o dia 6/6/06, muito legal. Gostaria de pedir uma entrevista com o Good Charlotte. Eu amo a banda!!!! Em relação aos emos, quero dizer que emo é um estilo de música e não estilo de vida, então parem com esses tipos de preconceitos!!!"
ESTELA RODRIGUES, por email

O dia da besta
"O dia 6 de junho de 2006 não passa de uma data qualquer e, por estarmos no ano de 2006, no dia 6/6, os números se repetem. Bobagem da população acreditar em lendas, filmes ou superstição, pois acredito que uma pessoa só se torna possuída, ou o que quer que seja, quando não tem a fé necessária para sua vida. Números como 24 (veado) ou 13 (azar) foram invenções e mentiras que há muito tempo a sociedade conta. Bandas que se julgam satânicas, anticristo, toda essa pouca fé, a meu ver, é uma forma de marketing, principalmente aos adolescentes, porque demonstram o "menino mal" e muitos jovens focam como exemplo sua fase de rebeldia. Quanto às mães não quererem ter filhos nessa data ou homenagear seus filhos com nome de personagens de filmes como "A Profecia", bem, os dois lados exageram: um por ter medo demais e o outro por idolatrar demais. Finalizando esse tema polêmico, conseguimos enxergar como a sociedade ainda é inocente, principalmente perante a mídia, acreditando em filmes, novelas e mitos e não acrescentando nada como um novo aprendizado."
BEATRIZ MENDONÇA, 17, Jundiaí, SP


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