|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ATENAS TEEN
SALTOS ORNAMENTAIS
A representante feminina do Brasil nos saltos ornamentais iniciou na ginástica olímpica
Sem espirrar uma gota
DA REPORTAGEM LOCAL
Filho de peixe peixinho é. No entanto
ela preferiu tentar ser uma borboleta.
A carioca Juliana Veloso, 23, filha de
pais campeões de saltos ornamentais, começou a sua vida de esportista praticando
ginástica olímpica. "Eu não queria nem saber de saltos ornamentais", conta Juliana, a
única brasileira na Olimpíada de Atenas
nas provas de trampolim e plataforma.
Quando tinha oito anos, ela foi ver o seu
irmão competir no Campeonato Brasileiro.
Por brincadeira, começou a fazer acrobacias na piscina. As manobras impressionantes lhe renderam um convite para participar da competição e... foi campeã.
Mas ela continuou praticando ginástica
olímpica. No ano seguinte, a mesma coisa:
foi assistir ao campeonato do irmão, participou e foi campeã novamente.
"Comecei a pensar: "Eu treino ginástica
olímpica e nunca ganhei nada, mas nunca
treinei saltos e já sou bicampeã brasileira.
Talvez eu esteja na praia errada'", lembra.
No final de 1992, Juliana começou então a
treinar saltos. Treinava tanto que acabou
ganhando o apelido de Duracel, pois não
parava nunca. "Eu queria que meus pais tivessem orgulho de mim." Conseguiu. Aos
23 anos, já coleciona importantes vitórias.
Depois que conquistou medalhas no Pan
de 2003, conseguiu patrocínio. "Isso me dá
tranqüilidade para me dedicar ao esporte."
Ela treina nove horas por dia, cinco vezes
por semana. Na Olimpíada, espera ficar entre as 12 melhores.
(ALESSANDRA KORMANN)
Texto Anterior: Política: Marcha pelo estatuto Próximo Texto: Balão - Diego Assis: Morte nas HQs Índice
|