São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 2002

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Calouro de jornalismo avalia a universidade

DA REDAÇÃO

O Folhateen convidou um estudante do curso de jornalismo da USP a escrever um texto apontando as diferenças e deficiências que encontrou ao entrar na universidade. Jornalismo foi o segundo curso mais concorrido do último vestibular, com 59,8 candidatos para cada vaga. Leia abaixo o depoimento de Leandro Andrade Faria, 19, aprovado na Fuvest em 2001 e que está cursando o primeiro semestre.
Antes de ingressar no ensino superior, todo o meu aprendizado era encarado, de certa forma, como uma obrigação, além do fato de que a maior parte das informações às quais eu tinha acesso estava voltada para o exame vestibular (o que é demasiado desgastante).
Na universidade, o aprendizado deixa de ter essa carga negativa e passa a ser um estímulo para uma carreira profissional segura, na medida em que o aluno tem uma maior aproximação com o mercado de trabalho.
A vasta gama de informação disponível no meio acadêmico transformou minha concepção de estudo -proveniente do ensino médio- e está me levando a dedicar-me à formação de um "background" cultural sólido e amplo para que, depois, eu possa exercer minha profissão com decência e competência.
No tocante ao corpo docente da graduação em jornalismo, o quadro é bastante eclético: temos ótimos professores (que realmente acrescentam algo à nossa formação) e professores ruins (que não têm ânimo nem para dar aula).
Mesmo assim, para mim, valeu a pena ter estudado tanto para ver meu nome na lista de aprovados da Fuvest, pois sei que, mesmo com esses defeitos ou imperfeições, a USP oferece um bom curso na área de comunicação social.
Resta aos alunos não se contentarem com o conhecimento oferecido pela universidade e buscarem o saber também fora da instituição.
A maior deficiência da universidade pública está na falta de estrutura tanto física quanto funcional. Os prédios, em geral, não estão em bom estado de conservação. Faltam equipamentos básicos e, em alguns setores, faltam até mesmo professores. Tudo isso somado faz com que greves e paralisações sejam frequentes, prejudicando alunos e funcionários.
Como sempre estudei em escola particular, percebo com mais acuidade essa falta de estrutura da universidade.


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