São Paulo, segunda-feira, 21 de maio de 2007

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Pais influenciam sem querer

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar da pressão dos amigos e do mercado publicitário, são os pais que, mesmo sem querer, mais influenciam o consumismo dos filhos.
"Os pais podem incentivar hábitos de consumo quando decidem comprar uma roupa para diminuir o sofrimento do adolescente. Ou quando o impedem de comprar como forma de punição", afirma Sandro Caramaschi, professor de psicologia da Unesp. Essas atitudes, segundo o professor, atribuem uma importância grande ao ato de consumir.
Para Daniela Scalon, 20, -cuja mania é procurar diferença entre suas roupas e as expostas nas lojas para ter a certeza de que não vai comprar igual- sua mãe também é bastante consumista.
"Eu diria até um pouquinho pior do que eu", afirma a estudante, que diz perder a noção do tempo dentro de uma loja.
Pesquisa de 2003 do instituto Ipsos-Marplan aponta que 71% dos adolescentes das classes A e B e 48% das classes C, D e E fazem compras em shoppings. Para confirmar a característica consumista, sobretudo dos jovens, um estudo da ONU de 2002 mostra que sete a cada dez teens brasileiros gostam de fazer compras.
Para o psicoterapeuta Carlos Eduardo Carvalho Freire, é preciso se livrar dos padrões que afirmam que ser jovem é ser consumidor. "É importante proporcionar aos adolescentes experiências nas quais o ato de consumir possa ser pensado apenas como uma possibilidade de comportamento, entre várias outras." (AF)


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