São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

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vida noturna

baladeiros de plantão

Segunda, terça, quarta, não importa o dia; conheça a rotina de jovens que caem na balada durante a semana

Apu Gomes/Folha Imagem
Héctor, 22, é um baladeiro de plantão

ALAN DE FARIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Foi-se o tempo em que era preciso esperar chegar o final de semana para sair para dançar. Festas em diversos clubes de São Paulo se proliferam ao longo da semana e fazem a alegria de quem quer se jogar nas pistas seja na segunda, na terça ou na quinta.
Habitué de baladas dos clubes A Lôca e D-Edge, a estudante de publicidade e propaganda Cinthia Miki Enohata, 20, elogia as festas durante a semana devido ao som diversificado e à animação dos freqüentadores.
"A pessoa que sai em uma terça ou quarta-feira vai para a balada para se divertir mesmo e não porque é sexta ou sábado e tem que sair porque teve uma semana estressante" diz.
Essa opinião é compartilhada pelo seu amigo e companheiro de noitadas, William Takashi, 20. "As pistas não são lotadas e há poucos "posers'", acrescenta o rapaz, que começou a sair aos 16 anos.
Já a estudante de economia e fotografia Marcela Sperduti Corrêa, 20, que morava em Campinas, revela que a vinda para São Paulo transformou sua vida noturna. "Eu saio bastante, mas a freqüência varia conforme a programação das casas. Depende também do que estou com vontade de ouvir e do público que vou encontrar."
Para atender a esse público, sedento por novidades, os clubes preparam noites especiais a cada semana. Assim, é possível encontrar festas dedicadas ao hip hop, ao rock e às várias vertentes da música eletrônica. "Por essa razão, acho difícil alguém enjoar de ir sempre a uma mesma balada", afirma Héctor Farto, 22, que, às quintas-feiras, trabalha como host da festa Soul Gloria, do Gloria. Nos outros dias da semana, ele vai a clubes nos quais os amigos comandam o som ou organizam as festas.

Nem tudo é festa
Conciliar estudo, emprego e balada não é fácil. Se há pessoas como Marcela, que chegam a surpreender colegas de trabalho pela disposição para encarar o dia depois de uma noitada, outros não conseguem.
William, por exemplo, de tanto sair à noite, resolveu trancar a faculdade quando percebeu que não conseguiria passar de ano. "Eu sempre chegava atrasado, não respondia à chamada... por isso resolvi parar de estudar", diz. Já fotógrafo Guto Magalhães, 21, que chega a sair cinco vezes por semana, percebeu que até o rendimento no trabalho diminui.


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