São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 2011

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AINDA SOMOS OS MESMOS

MINORIA DOS JOVENS QUE ESTAVAM EM ÁGUAS CLARAS AINDA SEGUE A FILOSOFIA "PAZ E AMOR"

DO ENVIADO A IACANGA

Depois de 30 anos, a maioria das pessoas muda, têm filhos e joga o espírito hippie no armário. Mas uns poucos fogem à regra. Como Rosa Cheixas, a "Sétima Lua", que mora numa casinha colorida de Iacanga. "Vim de São Paulo ao festival com um dos meus três namorados da época. Aí viajei um pouco, mas voltei. Moro aqui até hoje."
Boa hippie, ela não sabe ao certo quantos anos tem e não liga para o dinheiro. "Acho que estou com 49 e, desde que cheguei, sou voluntária. Dou palestra sobre drogas para os jovens. O sustento mesmo vem da aposentadoria". Ela não sabe explicar como se aposentou.
Celso, 55, e Cátia Villagrand, 50, até hoje cruzam o Brasil vendendo artesanato. Ele, que é conhecido como Celsão de La Mancha, foi aos Festivais de 1975 e de 1981.
Celsão, que é cara do Papai Noel, lamenta pelos que mudaram. "O jovem de ontem, que lutou tanto por mudanças, atualmente é um adulto que só liga pra grana."
Mesmo Milton Herd, aquele que dormiu com o pessoal de Órion, largou a carreira de engenheiro em 2003, quando a ex-mulher passou num concurso da Receita Federal.
"Ela já estava ganhando muito dinheiro, aí mandei tudo à merda e comecei a vender brinquedos antigos na praça Benedito Calixto. Claro que nos separamos logo após eu resolver fazer isso", ri. (BM)



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