São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 2011

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OU VIVEMOS COMO NOSSOS PAIS?

OS MALUCOS DE IACANGA CRESCERAM, TIVERAM FILHOS E AGORA TÊM RESPONSABILIDADES DE GENTE GRANDE

DO ENVIADO A IACANGA

"Depois que casei, dei uma encaretada, hoje nem bebo mais", diz o ortopedista Marcelo Alvarenga, 48.
Assim como Alvarenga, Eduardo Barbosa, 45, foi a Iacanga. Hoje ele é este homem bem vestido da foto à esquerda, um engenheiro químico com cargo de gerência em uma empresa do ramo.
"Não sei se deixaria meu filhos irem. Hoje tem mais violência, mais droga pesada. Acabou o maluco de verdade, que só quer curtir."
"Eu tinha só 15 anos, foi um choque ver tanto maluco junto", conta. "Todo mundo tomava banho pelado em um riacho. Quando eu estava só de cueca, uma menina maravilhosa tirou a roupa e olhou para mim. Fiquei excitado, não deu pra descer a cueca. Eu tinha 15 anos, pô."
Mesmo com toda a atmosfera hippie, diz que só um amigo provou maconha - ou quase. "Um cara vendia maconha super barato, mas aí descobrimos que era bosta de vaca. E a burguesiazinha ficava louca com aquilo!"
José Cássio, 50, também estava lá. Fez graduação em física e mestrado na USP. "Mas, para falar a verdade, nunca gostei de acampar".
Hoje, dá aula de informática em universidades particulares e tem uma empresa de consultoria com o amigo que o acompanhou a Iacanga. "Sabe, hoje não deixaria minha filha ir a um festival desses, são outros tempos." (BM)


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