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Carreira no esporte é incerta para atletas teens
DA ENVIADA A CINGAPURA
A geração que compete
nos Jogos da Juventude terá
entre 20 e 24 anos na Olimpíada do Rio, em 2016.
Alguns deles estarão no
Brasil brilhando com a medalha no peito, mas a imensa
maioria ainda nem sabe se
seguirá a carreira de atleta.
Muitos esportes olímpicos
não dão retorno financeiro
suficiente para uma pessoa
adulta se bancar.
A brasileira Daienne Lima,
17, mal começou sua trajetória no trampolim acrobático
e já pensa em parar.
Apesar de ter um título
mundial juvenil em seu currículo, a carioca não vislumbra
um futuro profissional como
atleta uma vez que seu esporte é pouco conhecido.
"Levo a ginástica [de trampolim] como lazer, não como
profissão", diz ela. "Acho
muito difícil conseguir viver
do esporte, ainda mais porque o trampolim é pouco valorizado no Brasil. Então, sei
que não terei suporte."
Daienne ainda não tem
certeza se vai deixar sua paixão, pois tem vontade de
competir no Rio-2016.
Mas o alemão Phillip Kafer, 17, do tiro esportivo, já está certo de que sua experiência olímpica será restrita a
Cingapura. Ele prioriza seus
estudos em detrimento do esporte, treinando apenas
duas vezes por semana.
"Penso sobre o meu futuro, depois que me formar na
escola. Você não pode ganhar dinheiro com uma arma. Isso é apenas um
hobby", afirmou Kafer.
Uma realidade bem diferente vive Nyasha Lungu, 17,
da equipe de moutain bike
do Zimbábue, na África. Sua
prioridade está acima da
vontade que tem de seguir
uma carreira esportiva. "Eu
só quero ter um emprego decente", diz o adolescente,
nascido em Harare, capital
daquele país. (MB)
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