São Paulo, segunda-feira, 23 de setembro de 2002

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Bush tenta convencer ONU a autorizar ataque contra Saddam Hussein

A ameaça de uma nova guerra dos EUA contra o Iraque

DA REDAÇÃO

O aniversário de um ano dos ataques terroristas aos EUA em 11 de setembro coincidiu com o aumento da tensão entre o governo norte-americano e o Iraque.
No dia 12 de setembro, o presidente dos EUA, George W. Bush, fez um discurso duro na ONU no qual disse que uma ofensiva contra o ditador iraquiano Saddam Hussein será "inevitável" se ele continuar desrespeitando resoluções do Conselho de Segurança (CS) da ONU que determinam a eliminação de armas de destruição em massa.
As inspeções de armas foram impostas pela ONU após a Guerra do Golfo (1991), para fiscalizar e eliminar supostos arsenais de armas químicas, biológicas e até artefatos nucleares mantidos pelo governo iraquiano.
Mas os inspetores foram expulsos do país em 1998, acusados de espionar para os EUA, e nunca mais foram autorizados a retornar.
Após os ataques, em setembro de 2001, os EUA iniciaram uma "guerra contra o terrorismo", de combate ao que chama de "rogue states", países considerados irresponsáveis: Afeganistão, Irã, Iraque, Líbia e Coréia do Norte.
Além das armas, os EUA também acusam o regime do ditador Saddam Hussein de manter vínculos com a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden.
Os americanos agora tentam convencer os integrantes do CS -sobretudo os outros quatro membros permanentes com direito a veto (Reino Unido, França, Rússia e China)- a incluir na resolução um parágrafo autorizando uma ofensiva militar se Saddam não cumprir as decisões da ONU.
O esforço norte-americano foi parcialmente enfraquecido quando, na segunda-feira, o Iraque anunciou que aceita o retorno das inspeções de armamentos da ONU ao país.
A decisão do Iraque provocou um racha dentro do CS, mas os EUA pedem que seus integrantes aprovem uma nova resolução para garantir o desarmamento do país.
Para compensar, George W. Bush pediu ao Congresso dos EUA uma autorização para "usar todos os meios que julgar apropriados, inclusive a força" para desarmar o Iraque e derrubar o ditador Saddam Hussein.
Se o Congresso aprovar, Bush poderá atacar a qualquer momento sem precisar da aprovação de seus parceiros na ONU.


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