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folhateen explica
Bush tenta convencer ONU a autorizar ataque contra Saddam Hussein
A ameaça de uma nova guerra dos EUA contra o Iraque
DA REDAÇÃO
O aniversário de um ano dos ataques terroristas aos EUA em 11 de setembro coincidiu com o aumento da tensão entre o governo
norte-americano e o Iraque.
No dia 12 de setembro, o presidente dos
EUA, George W.
Bush, fez um discurso duro na ONU no
qual disse que uma
ofensiva contra o ditador iraquiano Saddam Hussein será
"inevitável" se ele
continuar desrespeitando resoluções do
Conselho de Segurança (CS) da ONU
que determinam a
eliminação de armas
de destruição em massa.
As inspeções de armas foram impostas pela
ONU após a Guerra do Golfo (1991), para fiscalizar e eliminar supostos arsenais de armas
químicas, biológicas e até artefatos nucleares
mantidos pelo governo iraquiano.
Mas os inspetores foram expulsos do país
em 1998, acusados de espionar para os EUA, e
nunca mais foram autorizados a retornar.
Após os ataques, em setembro de 2001, os
EUA iniciaram uma "guerra contra o terrorismo", de combate ao que chama de "rogue
states", países considerados irresponsáveis:
Afeganistão, Irã, Iraque, Líbia e Coréia do
Norte.
Além das armas, os EUA também acusam o
regime do ditador Saddam Hussein de manter vínculos com a rede terrorista Al Qaeda,
de Osama bin Laden.
Os americanos agora tentam convencer os
integrantes do CS -sobretudo os outros
quatro membros permanentes com direito a
veto (Reino Unido, França, Rússia e China)- a incluir na resolução um parágrafo autorizando uma ofensiva militar se Saddam
não cumprir as decisões da ONU.
O esforço norte-americano foi parcialmente enfraquecido quando, na segunda-feira, o
Iraque anunciou que aceita o retorno das inspeções de armamentos da ONU ao país.
A decisão do Iraque provocou um racha
dentro do CS, mas os EUA pedem que seus integrantes aprovem uma nova resolução para
garantir o desarmamento do país.
Para compensar, George W. Bush pediu ao
Congresso dos EUA uma autorização para
"usar todos os meios que julgar apropriados,
inclusive a força" para desarmar o Iraque e
derrubar o ditador Saddam Hussein.
Se o Congresso aprovar, Bush poderá atacar
a qualquer momento sem precisar da aprovação de seus parceiros na ONU.
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