|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Jovens atletas encaram sacrifícios pelo esporte
DA REPORTAGEM LOCAL
O gosto pelo handebol apurado na escola
pode, em última instância, render medalhas de ouro. A maioria dos atletas que
integram times e seleção no Brasil começaram ali, na aula suada de educação física.
Tudo bem que a seleção feminina, por
exemplo, perca feio das equipes européias.
Mas, na América Latina, não há quem seja
páreo para ela. E isso já é sinal do potencial
das brasileiras.
Raílla Gomes da Costa, 16, sabe disso e
deixou pai, mãe e namorado na Paraíba
para treinar sério no São Paulo-Guaru.
"Foi na escola que descobri que queria ser
atleta de handebol. É difícil. Tem de correr
atrás, comer bem, dormir cedo e arranjar
tempo para a escola e para a diversão. Mas
é isso o que eu quero", afirma.
Christian Vieira, 15, tentou o judô, o futebol e a natação até descobrir que seu lance
era mesmo o handebol. "Meu pai sempre
me apoiou nos esportes, principalmente
para eu não ficar na rua nem me envolver
com drogas", conta. Agora, Christian faz
dupla jornada todos os dias com a escola e
os treinos. "Tenho um acordo com a minha mãe. Se não for bem na escola, tenho
de deixar o handebol. E isso faz com que eu
me esforce pra caramba. Minhas pernas
podem estar quase caindo por causa do
treino da tarde anterior, mas, mesmo assim, levanto cedo e vou para a aula. Quero
me profissionalizar no esporte, mas a escola vem primeiro."
A única coisa que incomoda um pouco
os jovens atletas é a restrição às baladas.
"Às vezes, vejo a turma da escola combinando um passeio depois da aula e eu nunca posso ir. Tenho treino praticamente todas as tardes", choraminga Christian.
Quem estiver interessado em fazer testes
para integrar os times filiados à Federação
Paulista de Handebol, ou seja, aqueles que
disputam campeonatos e que realizam
treinamentos de olho na profissionalização, deve procurar a orientação da federação (www.fphand.com.br ou tel.: 0/ xx/
11/6096-2241) ou da confederação
(www.brasilhandebol.com.br ou tel.: 0/
xx/79/211-1914). (FM)
Texto Anterior: Ouro no Pan, esporte ensaia popularidade fora das escolas Próximo Texto: Cinema: Morra de medo Índice
|