São Paulo, segunda-feira, 25 de outubro de 2004

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ESPORTES RADICAIS

DOWNHILL

Catarinense Markolf Erasmus Berchtold, 10º do ranking mundial, fala da adrenalina em duas rodas

Rápido e agressivo

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O Brasil começa a despontar na cena mundial de downhill. Entre as feras americanas e européias, um catarinense da pequena Schroeder vem se destacando no circuito internacional. Markolf Erasmus Berchtold, 24, é hoje o 10º melhor piloto do ranking mundial.
Já foi tetracampeão pan-americano e tetracampeão brasileiro. Atualmente passa a maior parte do ano competindo lá fora, pois integra a equipe espanhola MSC-Maxxis. (ERIKA SALLUM)

Folha - Você passou por várias modalidades. Por que pratica a mais perigosa?
Markolf Erasmus Berchtold - É engraçado... A velocidade e a adrenalina são uma espécie de vício. O downhill é radical demais, é "ultra-extreme". Trata-se de um esporte agressivo, que exige muita habilidade do piloto. Adoro velocidade!
Folha - Você já caiu muito em sua carreira? Fraturou muitos ossos?
Markolf - Acho que contabilizo sete fraturas, fora as lesões. É um esporte de alto risco, não tem jeito. Já quebrei joelho, pulso, pé, mão, canela. Muitas vezes nem é preciso cair para se machucar, um simples impacto provoca danos. Minha pior fratura não foi em uma queda. Quebrei o joelho e rompi dois ligamentos. Levei um ano para me recuperar totalmente.
Folha - Que conselhos você daria para quem está começando no downhill?
Markolf - Os garotos vêem os profissionais com bikes caras e sofisticadas e desanimam. Têm de saber que todo mundo começa com equipamento simples e depois vai melhorando. A bike não precisa ser top. Mas jamais se esqueça dos equipamentos de segurança, principalmente o capacete fechado, imprescindível.

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