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ESPORTES RADICAIS
DOWNHILL
Catarinense Markolf Erasmus Berchtold, 10º do ranking mundial, fala da adrenalina em duas rodas
Rápido e agressivo
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O Brasil começa a despontar na cena
mundial de downhill. Entre as feras americanas e européias, um
catarinense da pequena Schroeder vem se
destacando no circuito internacional.
Markolf Erasmus Berchtold, 24, é hoje o
10º melhor piloto do ranking mundial.
Já foi tetracampeão pan-americano e tetracampeão brasileiro. Atualmente passa
a maior parte do ano competindo lá fora,
pois integra a equipe espanhola MSC-Maxxis.
(ERIKA SALLUM)
Folha - Você passou por várias modalidades. Por que pratica a mais perigosa?
Markolf Erasmus Berchtold - É engraçado... A velocidade e a adrenalina são
uma espécie de vício. O downhill é radical
demais, é "ultra-extreme". Trata-se de
um esporte agressivo, que exige muita habilidade do piloto. Adoro velocidade!
Folha - Você já caiu muito em sua carreira? Fraturou muitos ossos?
Markolf - Acho que contabilizo sete fraturas, fora as lesões. É um esporte de alto
risco, não tem jeito. Já quebrei joelho, pulso, pé, mão, canela. Muitas vezes nem é
preciso cair para se machucar, um simples impacto provoca danos. Minha pior
fratura não foi em uma queda. Quebrei o
joelho e rompi dois ligamentos. Levei um
ano para me recuperar totalmente.
Folha - Que conselhos você daria para
quem está começando no downhill?
Markolf - Os garotos vêem os profissionais com bikes caras e sofisticadas e desanimam. Têm de saber que todo mundo
começa com equipamento simples e depois vai melhorando. A bike não precisa
ser top. Mas jamais se esqueça dos equipamentos de segurança, principalmente
o capacete fechado, imprescindível.
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