São Paulo, segunda-feira, 27 de abril de 2009

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02 NEURÔNIO

>> Jô Hallack >>Nina Lemos >> Raq Affonso

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Carinho virtual não vale

QUANDO A GENTE pensava que já tinha chegado ao auge do relacionamento virtual (sim, hoje as pessoas fazem sexo por webcam), mais uma bizarrice aparece. Um laboratório de tecnologia está procurando casais que mantêm relacionamentos de longa distância para testar um aparelho que possibilita "intimidade" para quem está separado por milhas e milhas.
Bem, achávamos que isso já era possível usando o telefone ou mandando qualquer mensagem que comece com "baby", por SMS. Mas, não. Eles criaram um aparelho chamado Mutsugoto, que permite que os casais desenhem com fachos de luz sobre os corpos dos parceiros. Segundo eles, isso vai ser muito gostoso, tipo como se você recebesse um carinho de verdade.
Podemos ser vintage, mas ainda preferimos carinho com mãos, braços e bocas. O máximo que nos permitimos é usar aquele aparelho natureba que serve para você fazer cafuné em sua própria cabeça, batizado pela Jô de "cafunator". E até esse artefato já foi abandonado por este trio. Isso porque uma de nós sonhou com o "cafunator" e acordou deprimida, é claro.
Mas já que o Distance Lab (o tal laboratório inglês) está tão preocupado com relacionamentos e carência, achamos que eles também podem lançar:
- Serviço de chamadas telefônicas com a voz de um ex-namorado (ou de um pretê casual) com frases fofas: esse serviço pode ser usado naqueles dias em que o telefone não toca. E é sexta-feira de noite. E você pensa em todos os casais juntos na rua e tem vontade de morrer.
- Cobertor que dê a sensação de dormir de conchinha: uma espécie de edredom que te abraça e faz carinho.
- Pé mecânico: uma das melhores coisas de dormir com alguém é encostar os pés. Esse seria um pé quentinho, que traria a ilusão de não estar dormindo sozinha.
Mas, pensando bem, não queremos nada disso. Imagina acordar e perceber que os carinhos eram fachos de luz, que o abraço era do edredom e que o pé era falso? Seria deprê. Mais vale abraçar a solidão e aceitar sua existência. Por pior que seja. E nem é tão ruim. Antes só do que mal acompanhadas, lembram?

Momento de histeria

Não quero cafuné de cafunator


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