DA REPORTAGEM LOCAL

Se o compositor de trilha sonoras de Hollywood Bernard Herrmann (1911-1975) estivesse vivo, provavelmente acharia muito estranho o que fizeram com o tema que leva o nome do drama "Twisted Nerve" (1968).
E não estamos falando do que Quentin Tarantino fez ao colocar o assobio peculiar da música nos lábios da assassina caolha Elle Driver (Daryl Hannah), de "Kill Bill", mas da faixa "The Killer's Song", que não pára de bombar nas FMs que tocam dance.
A cantora e produtora Carolina Marquez conseguiu emplacar uma daquelas músicas que colam na cabeça e não saem de jeito nenhum. Ela vem ocupar o espaço de sucessos como "Satisfaction", de Benny Benassi.
Nascida em Bogotá, Colômbia, Carolina entrou em contato com a dance music na Espanha, mas só decidiu produzir suas "próprias" músicas ao escolher a Itália como casa. A Itália, aliás, é a maior fábrica de dance music comercial do planeta. Desse país saíram grandes expoentes da "baba" dançante, como Gigi D'Agostino, Double You, o próprio Benassi e os projetos do DJ Ross, que deu as caras por aqui na última edição do festival Planet Pop, em abril.
Nas inúmeras vezes que "The Killer's Song" rolou nessa festa do "poperô", era possível ver quase todo o público com biquinho assobiando junto o refrão chiclete.
Se as dezenas de vezes que essa faixa é executada nas FMs pop não são suficientes para satisfazer você, a música foi lançada em disco, na coletânea "Na Balada vol. 10", da gravadora Building Records.
Mas a dica do Folhateen é correr atrás de alguns clássicos do finado Herrmann. Ele é autor de muitas trilhas: de filmes clássicos, como "Cidadão Kane" e "Taxi Driver", da abertura sinistra do seriado "Além da Imaginação" e de muitos temas de suspense de Alfred Hitchcock. O mais emblemático é o violino tenso de "Psicose", que tomara que permaneça a salvo desses produtores inescrupulosos de dance. (LEANDRO FORTINO)

Texto Anterior: Rock que inspira sonhos
Próximo Texto: 02 Neurônio: Será que somos meio machas?
Índice