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São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2003

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A vida de um testador

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Nem desenvolvimento, nem criação: testar jogos é uma alternativa para quem quer trabalhar com games. Porém, o mercado é muito restrito e nem sempre a idéia de sonho reflete a realidade. "Aqui no Brasil, um testador tem que ser mais preocupado em achar problemas ("bugs") nos games e fazer críticas ao desenvolvimento. Não dá para imaginar que vai ganhar dinheiro só para testar jogos", afirma Alê McHaddo, do Senac.
Agora imagine ser "especialista em games" em uma empresa como a Microsoft. No Brasil, a companhia fez uma seleção aberta, com um perfil muito bem definido do que queria: alguém com experiência em várias áreas diferentes. E encontrou um biólogo com conhecimento em internet, administração, design e, claro, games. André Faure trabalha há dois anos e meio na unidade de entretenimento da Microsoft Brasil.
Entretanto, o trabalho de um especialista em games não se resume apenas a jogar, apesar de essa tarefa tomar bastante parte do seu tempo. Faure conta que, em seu dia-a-dia, tem de se envolver com marketing, dar uma força para lojas e distribuidores dos produtos, planejar os lançamentos, localizar (traduzir) caixas, manuais e revisar os games. "Os momentos mais tensos são na época de lançamento, quando tudo tem de funcionar direitinho", diz.
Para quem quer seguir na carreira, Faure dá a dica de que não adianta saber muito jogar um determinado game. "Tem que ter diversidade, conhecer as categorias dos jogos e conhecer muito bem o mercado e seu desenvolvimento."
McHaddo é um bom exemplo, por outro lado, de que há, sim, mercado para desenvolvimento de games no país. "O Enigma da Esfinge", game produzido pela agência 44BicoLargo (onde ele é game designer), vendeu mais de 60 mil cópias desde 1996. No Gamee, o grupo está criando um jogo curto, sem título ainda, com um tema que envolve cangaceiros e extraterrestres. (JM)


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