São Paulo, segunda-feira, 29 de junho de 2009

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Viver para crer

Perguntas e respostas - Jovens/Religião

De: Diego Macedo, 19, seminarista católico
Para: Gihad Mohamad Nazloum, 17, estuda para ser xeque

O que o islã diz a respeito da guerra?
A palavra ‘islã‘ quer dizer paz, submissão a Deus. Algumas pessoas ligam o islã ao terrorismo, confundem o homem muçulmano com um terrorista e uma mulher muçulmana com uma pessoa sempre pronta para a guerra. O Corão diz que não podemos gerar conflitos sem sermos provocados, se por acaso você for tocado, você pode se defender. As pessoas que vão para a guerra vão porque foram provocadas e vão por Deus, isso é o Gihad, como meu nome, que significa enfrentar as coisas por amor a Deus. Não podemos guerrilhar com quem não nos fez nada

De: Gihad Mohamad Nazloum, 17, estuda para ser sheikh
Para: Felipe Carlos de Souza Pereira, 17, batista, estudante de teologia

O que lhe motiva a estudar sobre a sua religião?
Motivo-me pela fé que tenho em Deus, pelas confirmações de que fiz a escolha certa e pela vontade que tenho de estudar. Em qualquer área que estamos começando a estudar, pensamos que as coisas são de uma maneira, mas depois vemos que são de outra. Não foi diferente na faculdade de teologia, me assustei quando vi que teria que estudar português e filosofia, por exemplo, mas hoje vejo como são matérias importantes e me sinto mais estimulado

De: Felipe Carlos de Souza Pereira, 17, batista, estudante de teologia
Para: Allyne Lopes, 19, espírita

No mundo de hoje sem muita religião, qual a ação do espiritismo para atrair mais jovens?
O espiritismo busca sempre ligar suas atividade à caridade e ao trabalho voluntário. Hoje, trabalhar com o próximo é uma coisa que atrai a juventude, não é mais um “mico” ou uma vergonha, mas motivo de orgulho. Essa nova consciência faz com que mais jovens se identifiquem com o espiritismo e com as atividades voluntárias. Essas ações dependem muito de cada casa espírita, umas trabalham com música, outras com crianças carentes, por exemplo

De: Allyne Lopes, 19, espírita
Para: Prana Natha, 25, hare Krishna

- Por morar no templo, vocês está o tempo todo em contato com a religião. Sente que isso o aproxima mais de Deus?
As pessoas que se voltam à sua religião assumem as mesmas características de Deus. Muitas dessas pessoas, sejam cristãos ou muçulmanos, acabam tendo as mesmas características entre si quando se dedicam exclusivamente a Deus: são mansos, sábios e pensam primeiro no próximo. Da mesma maneira, se uma pessoa, independente da sua religião, se dedica totalmente ao serviço a Deus, ela está alimentando a raiz de uma árvore e não somente as folhas e toda a humanidade se beneficiará

De: Prana Natha, 25, monge hare krishna
Para: Ione Evenise de Souza, 23, se prepara para ser mãe de santo

-Como a sua religião lhe ajuda em seus desafios pessoais?
A religião me ajuda com equilíbrio espiritual, me dá forças para dar continuidade às coisas, ver os problemas de outra maneira. Aprendi a ter mais paciência, que é assim que os problemas serão resolvidos, com calma. É um ponto de equilíbrio. Aprendo com as rezas, com as conversas com minha mãe de santo. Eu sempre quero que as coisas aconteçam do meu jeito e na hora que eu quero, a religião me ajuda a controlar isso, ser menos impulsiva e mais paciente

De: Ione Evenise de Souza, 23, se prepara para ser mãe de santo
Para: Diego Macedo, 19, seminarista católico

-Qual o papel da igreja em relação à fome no mundo?
A igreja católica tem inúmeras associações que ajudam a amenizar a fome no país e no mundo. Também em nossas paróquias e comunidades, disponibilizamos cestas básicas às famílias carentes. Porém, para extinguirmos este mal que assola a humanidade é necessário acabarmos com a pobreza atacando suas causas tal qual a ganância que resiste a uma justa distribuição de renda. Ainda agimos através de iniciativas como o Ceat (Centro de Atendimento ao Trabalhador) da Arquidiocese de São Paulo, que procura ajudar os pais de família a encontrarem um emprego digno para amenizar o sofrimento em seus lares



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