ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O futuro do game é em miniatura. Não há mais saída. No momento, como o GameCube continua longe do Playstation 2 da Sony em vendas, a Nintendo se mantém próspera graças ao Game Boy.
Para quem não sabe, trata-se do jogo portátil da companhia do Super Mario. Só que, quando a grana é muita, a concorrência cresce o olho e abre o bolso.
A Sony prepara o seu portátil, PSP, dizendo-se capaz de destruir a competição. A Nokia, no entanto, antecipa-se e coloca à venda, nos Estados Unidos, a partir do dia 6/10, o Nokia N-Gage, um game portátil com jogos em 3D e boa diversidade, que ainda funciona como e-mail, rádio AM/FM, player de MP3 e, nos EUA, pode ser usado como telefone.
Ora, a Sony não pode mais lançar só um joguinho portátil. Nem a Nintendo vai conseguir ignorar a múltipla utilidade do brinquedo. O bom da ganância das grandes corporações nesse começo de século é que o uso da tecnologia tem subvertido os próprios criadores e proporcionado melhorias significativas e mais respeito pelo consumidor.
Bacana... Mas isso só acontece acima da linha do Equador. Do lado de baixo, a gente assiste e tem acesso ao Playstation 1 num preço mais razoável: R$ 300... O game foi lançado em 95 pela Sony, que já está avançada no projeto do PS3!
Dominação se faz assim, por falta de acesso a comida, a higiene, a educação, a cultura, a informação, a entretenimento e a todo o resto que você ouve dizer ou vê passar ao longe.