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música
Brasil quer voltar ao LP
Mercado está em expansão, é o que acreditam executivos
DA REPORTAGEM LOCAL
Com o fechamento da Poly
Som, a gravadora independente Deck Disc planeja montar
uma nova fábrica para prensar
LPs no país. A idéia, segundo o
presidente da gravadora, João
Augusto, é atender também artistas de outros selos e gravadoras. Para ele, o mercado no país
é promissor. "No Brasil, não há
estatística porque quem deseja
fazer vinil é obrigado a importar, mas acreditamos que haverá um crescimento grande da
demanda no momento em que
começarmos a operar", diz.
No que depender da Associação Brasileira dos Festivais Independentes (Abrafi), a produção nacional também continua.
Ela está fazendo um estudo em
parceria com os ministério da
Cultura e do Trabalho sobre a
viabilidade de promover a volta
da Poly Som. "Eles estão analisando a viabilidade financeira
de se recuperar a fábrica", diz
Fabricio Nobre, da Abrafi.
Para o diretor comercial da
livraria Cultura Fabio Herz, o
mercado está em expansão.
Quando começou a importar
LPs, em 2006, as lojas tinham
menos de 50 títulos. Hoje, são
quase mil. "O fenômeno começou nos EUA e na Europa e nós
decidimos testar por aqui. Está
dando certo. O vinil tem um
apelo visual e lúdico muito
grande", observa.
Nos EUA e na Europa, os
principais lançamentos chegam ao mercado tanto em CD
quanto em vinil. É o caso de
"Hard Candy", da Madonna, e
de "Death Magnetic", do Metallica, entre outros.
No Brasil, no entanto, ainda
são poucos os que investem no
LP. Nos últimos quatro anos, a
Universal, por exemplo, teve
apenas três lançamentos nacionais em vinil. A Warner, cuja
matriz americana mantem um
portal dedicado à venda de LPs
(www.becausesoundmatters.com), não investe no formato por aqui desde 2003. "O
mercado é pequeno. O vinil
funciona mais como ação de
marketing", diz o diretor artístico Wagner Vianna.
Já entre os independentes, o
formato ainda atrai. A Monstro
Discos lançou, nos últimos dez
anos, 35 títulos em vinil.
(LETICIA DE CASTRO)
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