Às vezes, a vida dá uma guinada radical. Do dia para a noite, você começa a se sentir a pessoa mais azarada do mundo. Você leva um pé na bunda. Ou um pé na bunda defensivo. Ou pior. Não sabe como dar um pé na bunda e está extremamente infeliz por causa disso. Daí você vai seguindo sua vidinha pacata, pensando que há de chegar o dia em que sua sorte vai virar. E o sol vai voltará a brilhar. Cafona assim!
E aí esse dia chega! Tudo começa com um pequeno sorteio. Você é sorteada numa festa da firma e ganha um brinde. Sua vida amorosa continua um tédio, mas pelo menos você é sorteada e ganha brindes. E sorte atrai sorte. Quer dizer, sorte no jogo, azar no amor. E você pensa que podia ter ganhado um bom pretê de presente em vez de um vale-livro. Tudo bem, já é alguma coisa. Pode ser um sinal de que, a partir desse momento, você só vai namorar intelectuais!
Mas, a partir daí, as coisas começam a mudar. E você vai achando que sim, você tem sorte. Os pretês começam a aparecer. Nada muito empolgante, mas o importante é dar uma chance. Talvez você até precise do pretê-portal, para realmente encontrar alguém que valha à pena. O pretê-portal, como todos sabem, é um pretê péssimo (o motivo varia de acordo com as preferências da pessoa), mas que você vai dar uma chance por um motivo inexplicável. Brega, meio burro ou com três tiques nervosos. Mas, depois, você começará a encontrar caras realmente interessantes. Sim, é uma desculpa para se envolver com gentalha, mas, de vez em quando, até que dá certo.
E quando você está esperando o portal se abrir, você chupa um picolé. E tira um palitinho premiado! Você acabou de ganhar um outro picolé! Inteiramente grátis, nos sabores limão, uva, abacaxi ou cajá. Você se sente tão feliz como naqueles dias de verão que passava em Cabo Frio. Época feliz, principalmente porque os prêmios em palitos de picolé incluíam até televisores, um walkman de última tecnologia, quiçá uma casa própria. Mas os bons tempos podem estar voltando.
Você sente que as coisas começaram a mudar.

momentos de histeria

Dizem que falar "azar" dá azar; ooops!


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