Com influência de Novos Baianos e trip hop, Marcela Bellas põe CD de estreia na web e faz show em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

A baiana Marcela Bellas, 26, estava em dúvida quanto ao nome de seu disco de estreia. Enquanto isso, preocupada com a repercussão que o álbum teria no lançamento, ficava matutando: "Será que Caetano vai gostar?".
De repente, um estalo. Adotou a pergunta como título do disco -lançado oficialmente em julho deste ano e disponível para download gratuito no site www.marcelabellas.com.br.
Marcela começou cedo sua carreira, no coral das escolas por que passou. Fez curso de música durante cinco anos, direcionada ao canto lírico -primeiros passos semelhantes aos de Marisa Monte, que estudou na Itália antes de fazer sucesso.
O som de algumas de suas canções, inclusive, lembram o som de Marisa Monte, principalmente o do álbum "Universo ao meu Redor", de samba.
A baiana, porém, nega as semelhanças -e diz que não faz samba, mas MPB. "Minhas influências são os Novos Baianos, o trip hop, o rock. O disco tem essa coisa neotropicalista."

Ponte aérea
A produção do álbum "Será que Caetano Vai Gostar?" foi feita entre Bahia e São Paulo -cidade para qual a cantora mudou há quase cinco meses.
O dinheiro saiu do bolso não só dela, mas de todos os envolvidos. "Por isso, o disco tem esse som de banda, apesar de levar apenas meu nome."
E tem uma faixa predileta no disco? "Não, cada dia gosto de uma diferente, mas "Alto do Coqueirinho" virou hit", responde. A faixa, que tem trechos em inglês, faz piada com a mania em Salvador de falar o nome dos bairros na língua estrangeira. "Explico isso nos shows", diz.
O nome do disco dá coceira de saber, afinal, se o Caetano Veloso gostou ou não do som. Marcela entregou o material para o cantor no dia 12 de junho, mas ainda não recebeu uma resposta. "Mas sabe como é Caetano..."
Procurado pela reportagem, o músico não emitiu opinião a respeito do disco. (DIOGO BERCITO)

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