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Ajuda de amigos é importante nos estudos
DA REPORTAGEM LOCAL
"Meus amigos podem ir
ao centro acadêmico, pegar
os textos recomendados
pelos professores, tirar cópia e estudar. Eu não. Tenho que transcrever antes",
disse Genival Silva dos Santos, 23, deficiente visual total e estudante do segundo
ano de direito na PUC-SP.
Além de tirar as cópias
como os colegas têm de fazer para poder estudar antes das provas, ele precisa
mandar transcrever os textos para o braile na Fundação Dorina Nowill, o que
costuma demorar. Durante
os seis meses de cursinho
que fez, a transcrição das
apostilas era feita por ele
mesmo, em casa, com o auxílio de uma máquina específica, semelhante a uma
máquina de escrever. Ele
fazia o mesmo com as anotações de sala.
"Eu pegava as anotações
de alguém e minha irmã ditava para mim. Não levava
a máquina para a aula porque faz barulho e não queria incomodar o pessoal",
disse ele, que pretende ser
promotor.
Quando os livros são escritos pelos próprios professores, geralmente eles
fornecem os disquetes com
os textos para que ele possa
ouvi-los por meio de um
software que lê o que estiver
na tela.
Os amigos também ajudam, lendo em voz alta enquanto estudam juntos ou
então gravando em fitas
cassete para que escute depois. "O deficiente é que
tem de se integrar, fazer
amizade com o pessoal, que
acaba ajudando."
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