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      São Paulo, quinta-feira, 03 de julho de 2003
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Ajuda de amigos é importante nos estudos

DA REPORTAGEM LOCAL

"Meus amigos podem ir ao centro acadêmico, pegar os textos recomendados pelos professores, tirar cópia e estudar. Eu não. Tenho que transcrever antes", disse Genival Silva dos Santos, 23, deficiente visual total e estudante do segundo ano de direito na PUC-SP.
Além de tirar as cópias como os colegas têm de fazer para poder estudar antes das provas, ele precisa mandar transcrever os textos para o braile na Fundação Dorina Nowill, o que costuma demorar. Durante os seis meses de cursinho que fez, a transcrição das apostilas era feita por ele mesmo, em casa, com o auxílio de uma máquina específica, semelhante a uma máquina de escrever. Ele fazia o mesmo com as anotações de sala.
"Eu pegava as anotações de alguém e minha irmã ditava para mim. Não levava a máquina para a aula porque faz barulho e não queria incomodar o pessoal", disse ele, que pretende ser promotor.
Quando os livros são escritos pelos próprios professores, geralmente eles fornecem os disquetes com os textos para que ele possa ouvi-los por meio de um software que lê o que estiver na tela.
Os amigos também ajudam, lendo em voz alta enquanto estudam juntos ou então gravando em fitas cassete para que escute depois. "O deficiente é que tem de se integrar, fazer amizade com o pessoal, que acaba ajudando."


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