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São Paulo, quinta-feira, 05 de dezembro de 2002 | |
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CARREIRA/LETRAS TRABALHAR NA ÁREA DE COMUNICAÇÃO DAS EMPRESAS TAMBÉM É POSSIBILIDADE DE ATUAÇÃO Ser professor ainda é o principal campo de trabalho
ANDRÉ NICOLETTI DA REPORTAGEM LOCAL Para ministrar aulas de português ou de língua estrangeira em colégios, o professor deve ser graduado em letras. Esse é o principal campo de atuação para os que optam por essa carreira, mas o mercado de trabalho para esses profissionais vêm-se ampliando nos últimos anos. Empresas já contratam bacharéis em letras para prestar assessoria em comunicação e para fazer traduções de bulas e de manuais de instruções, por exemplo. "Os formados em letras sabem escrever bem e são contratados para fazer revisões ou para redigir relatórios, cartas e outros textos", disse Mercedes Canha Crescitelli, coordenadora do curso de letras/ português da PUC-SP. O profissional da área de letras também está apto a trabalhar em editoras, onde, além de fazer a preparação, a revisão, a tradução ou a adaptação dos originais dos autores para posterior publicação, pode avaliar a qualidade literária de obras a serem editadas. Aqueles que se formam em lingüística (na USP, uma das opções oferecidas pela faculdade de letras) têm a oportunidade de desenvolver outras atividades no mercado. A lingüística estuda as línguas com metodologia científica e volta-se não só para o seu funcionamento mas também para aspectos ligados à aquisição e à realização fonética da linguagem, o que permite ao graduado atuar em conjunto com fonoaudiólogos e educadores. "Em empresas de computação, o lingüista pode fazer parte de equipes no desenvolvimento de programas de comando de voz. Fazer a máquina entender diferentes sotaques, por exemplo, é tarefa do lingüista", afirmou Miriam Viviana Gárate, coordenadora de graduação do curso da Unicamp. Fábio Santos, formado pela USP, identificou-se com o magistério. Já lecionou em escolas públicas e hoje trabalha no Etapa. Como é a faculdade O vestibulando que for aprovado em letras não deve esperar que as aulas sejam iguais às de português do ensino médio. Isso porque a parte de gramática não é vista de forma isolada. Provavelmente, não haverá, por exemplo, uma aula específica sobre a ocorrência de crase. "A língua não é considerada isolada da realidade. A gramática, na maioria das vezes, é estudada por meio dos textos. Não há separação entre a gramática e a literatura", disse Maria Vicentina do Amaral Dick, professora da USP. Texto Anterior: Atualidades: Otan aprova a entrada de novos membros Próximo Texto: Na USP, a escolha é feita após o primeiro ano Índice |
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