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CARREIRA/METEOROLOGIA
Com poucas faculdades, área tem mercado em expansão
PROFISSIONAL PODE TRABALHAR COM COLETA DE DADOS E PREVISÕES ATÉ NA MARINHA E NOS AEROPORTOS
ANDRÉ NICOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Se quem quer cursar administração pode optar por mais de
mil faculdades que oferecem o
curso no país, quem deseja meteorologia tem de fazer uma escolha bem mais restrita. Apenas seis
universidades no Brasil oferecem
o curso -todas elas públicas.
Se ter poucas vagas por ano é
uma desvantagem na hora de
prestar vestibular, após a graduação, isso é uma vantagem. Com
poucos profissionais graduados, a
disputa pelos empregos costuma
ser um pouco menor. O mercado
de trabalho, mesmo pequeno, está em expansão e absorve a maioria dos formados.
"Meses atrás, demoramos para
conseguir preencher uma vaga
que tínhamos para meteorologista porque não encontrávamos
profissionais. O mercado é pequeno, mas é novo e está em expansão. As pessoas estão vendo
que podem confiar nas previsões
para tomar as suas decisões", disse Alexandre Nascimento, 29, meteorologista da Climatempo.
Além de trabalhar em empresas
privadas, os meteorologistas podem atuar em órgãos públicos.
Um levantamento feito pelo departamento de ciências atmosféricas da USP mostrou que, dos
130 profissionais formados na
universidade, 28% trabalham em
empresas públicas e 12%, em privadas. Os demais estão em universidades ou não trabalham em
áreas diretamente relacionadas à
meteorologia.
Além de órgãos como o Inmet
(Instituto Nacional de Meteorologia) e o CPTec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), que fazem coleta de dados
climáticos e previsões em geral,
instituições como a Marinha e os
aeroportos contratam esses profissionais para realizar previsões
específicas para cada área.
"Um piloto antes de decolar tem
de fazer uma avaliação de como
está o tempo. Se o vento está mais
forte, a potência do motor terá de
ser maior e ele terá de levar mais
combustível", disse Augusto José
Pereira Filho, professor da USP.
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