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Artistas protegem calouros de excesso na PUC
Divulgação
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Mágico oferece água e doce a calouro no trote do ano passado
DA REPORTAGEM LOCAL
Quanto vale um bixo em dia
de trote? Na PUC-SP, calouros
em apuros valem uma mágica,
uma poesia, um truque de ilusionismo.
Como anjos da guarda, um
grupo de dez artistas formado
por palhaços, músicos, bailarinos e ilusionistas se infiltram
entre os alunos durante o trote,
identificam calouros em potenciais situações de risco e, na base da brincadeira, ajudam o aluno a escapar de seu veterano.
"A gente perguntou: "Se eu fizer uma mágica e você gostar,
você me dá o seu bixo?'", conta
o mágico Ricardo Malerbi, sobre a forma como conseguiu liberar um calouro visivelmente
embriagado cercado por veteranos no trote do ano passado.
Malerbi participou da primeira edição da brincadeira, há
dois anos. "O objetivo era reduzir os danos do trote violento. A
universidade podia usar a força
da polícia, mas achou por bem
que essa intervenção fosse de
forma lúdica", diz.
Para alunos que parecem ter
bebido além da conta, os artistas propõem trocar uma latinha de cerveja por um copo d'água. Oferecem ainda barrinha
de cereal e doce.
"Os alunos ficam em situação
deplorável. Beberam em excesso, passaram o dia sem comer,
debaixo do sol, no farol. Nós vamos lá ajudar", diz Anelise Mayumi, que faz parte da coordenação da ação deste ano. Para
esta edição, a PUC contratou
dez artistas, incluindo Anelise.
Infiltrados entre calouros e
veteranos e devidamente paramentados como artistas -roupas, adereços, maquiagem-,
eles seguem em busca de quem
precisa de ajuda. O alvo principal são pequenas aglomerações. Nelas, os calouros podem
estar em situação de desvantagem. "Quando estão de um para
um, eles [os calouros] têm mais
facilidade de se defender. Identificada a roda, os artistas partem para a ação.", diz Anelise
É nessa hora que o trabalho
deles vira moeda de troca.
No ano passado, até na orientação do trânsito eles ajudaram. "A rua da PUC fica tomada
por jovens, mas os carros continuam passando", conta Mayumi. Então, para evitar acidentes, os palhaços, cantando e
dançando, ajudavam a abrir caminhos no meio da multidão.
Já é o terceiro ano que a PUC
usa essa estratégia.
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