São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 2006
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Governo tem programa de apoio a cursinho comunitário; entidades criticam

DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério da Educação mantém desde 2003 o programa Diversidade na Universidade. Na letra da lei que o criou, a finalidade é "implementar e avaliar estratégias para a promoção do acesso ao ensino superior de pessoas pertencentes a grupos socialmente desfavorecidos". Na prática, afirma o MEC, o projeto repassou R$ 8,5 milhões a cursinhos desde que foi criado e hoje atende a 27 entidades.
Funciona assim: o MEC lança um edital e os cursinhos se candidatam ao benefício. Os selecionados recebem uma verba anual máxima de R$ 150 mil, que deve ser gasta metade com bolsas para alunos, 20% com professores e 30% com equipamentos e atividades anti-racismo. "Trinta por cento dos alunos de cursinhos beneficiados ingressam em faculdades A, B ou C na escala do MEC", diz Renata de Melo Rosa, coordenadora do projeto.
Alguns cursinhos, no entanto, têm críticas. "Nosso maior custo é a folha de pagamento, e o dinheiro que podemos usar para isso é muito restrito", diz Fulvio Cesar Severino, do cursinho da UFSCar, um dos que recebem a verba. O curso conta com 80 professores, que recebem ajuda de custo da universidade. "Recebemos quando tem dinheiro. Agora, por exemplo, não recebemos desde maio."
Já para Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil, "o dinheiro é insuficiente. Temos um caixa de R$ 2 milhões anuais. Os R$ 150 mil do MEC não ajudariam muito".


NA INTERNET - veja relação de cursinhos populares em www.folha.com.br/062611


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