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ATUALIDADES
O fim da Iugoslávia e a nova República Sérvia e Montenegro
ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA
É importante registrar, ainda que
um pouco atrasado, que a Iugoslávia deixou de existir. Em seu
lugar surgiu, em fevereiro, a República Sérvia e Montenegro, cuja
capital é Belgrado. Um acordo estabeleceu que o novo país terá
uma administração conjunta nas
áreas de defesa, política exterior,
relações econômicas internacionais e direitos humanos. Nos demais setores, Sérvia e Montenegro
terão políticas separadas.
A extinta Iugoslávia era formada por seis repúblicas (Eslovênia,
Croácia, Bósnia-Herzegóvina,
Sérvia, Montenegro e Macedônia)
e duas regiões autônomas (Kosovo e Voivodina). Surgiu em 1929,
em substituição ao Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos. Depois
da Segunda Guerra Mundial, sob
o comando do croata Tito, tornou-se uma república socialista.
Com a morte de Tito, em 1980, a
relação entre as repúblicas se deteriorou, reacendendo as disputas
entre as nacionalidades. Seduzidas pelos acontecimentos que levaram à desintegração da União
Soviética e à queda do Muro de
Berlim no final dos anos 80, as repúblicas -principalmente a Eslovênia e a Croácia- passaram a
reivindicar independência.
A desintegração começou pela
Eslovênia, que declarou independência em 1991. Em seguida, foi a
vez da Croácia. Quando a Bósnia-Herzegóvina, de maioria muçulmana, anunciou sua emancipação, os sérvios e croatas que ali viviam protestaram. Teve início a
Guerra da Bósnia (1992-1995),
que terminou somente com a intervenção da Otan e a assinatura
do Acordo de Dayton.
Apesar do empenho da comunidade internacional, o novo país
surge sem resolver a questão da
província de Kosovo. Assim, sérvios -cristãos ortodoxos- e kosovares -muçulmanos- continuam dependendo da coalizão
internacional, sob a coordenação
da ONU, para manter a paz.
Roberto Candelori é professor do Colégio Móbile e do Objetivo.
E-mail: rcandelori@uol.com.br
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