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FÍSICA
Energia, conservação e transformação: 2
TARSO PAULO RODRIGUES
ESPECIAL PARA A FOLHA
Uma das expressões mais conhecidas da física moderna é a relação proposta por Einstein entre
massa e energia: E = m . c2, em que
c2 é o fator de proporcionalidade
(a constante c = 3 x 108 m/s representa a velocidade da luz no vácuo). Essa equivalência entre
massa e energia pode ser observada, por exemplo, nas reações nucleares que ocorrem nos reatores
nucleares e nas bombas atômicas.
A enorme liberação de energia
surge à custa do desaparecimento
de uma certa massa dos materiais
reagentes. Podemos afirmar, portanto, que o conceito de que
"massa é uma forma de energia"
torna mais abrangente o princípio da conservação da energia,
que garante que a energia total de
um sistema jamais desaparece,
não pode ser destruída nem surge
do nada. A energia se apresenta
de várias formas, que se transformam continuamente umas nas
outras, mas permanece sempre
constante. Uma das formas de
energia é a mecânica, que é a soma da energia cinética com a potencial. Quando um corpo ou um
sistema de corpos está submetido
a um sistema de forças conservativas, como a força peso ou a força
elástica, a energia mecânica total
permanece constante. No salto
com vara, por exemplo, o atleta
converte sua energia cinética obtida na corrida em energia potencial elástica (flexão da vara), que,
por sua vez, se converte em energia potencial gravitacional, que
permite determinar a máxima altura possível atingida pelo atleta
ao transpor a barra.
A partir da Idade Média, foram
projetadas máquinas, como a da
figura acima, em que a queda de
uma esfera impulsionaria a subida da outra e, dessa forma, seriam
capazes de funcionar indefinidamente sem a utilização de combustível ou outra fonte de energia
externa.
Muitas pessoas tentaram construir essas máquinas de movimento perpétuo, mas a ciência já
provou que isso é impossível, pois
seria necessário criar energia a
partir do nada, o que contraria o
princípio da conservação da energia. A impossibilidade prática de
criar essas máquinas ocorre porque sempre há uma "perda" da
energia mecânica envolvida no
processo de seu funcionamento.
Como escreveu Marcelo Gleiser
em seu livro "A Dança do Universo": "A natureza do mistério está
na mente de quem o contempla".
Tarso Paulo Rodrigues é professor e
coordenador de física do Colégio Augusto Laranja
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