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      São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 2003
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ATUALIDADES

União Européia propõe uma força militar autônoma

ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA

França, Alemanha, Bélgica e Luxemburgo, membros da União Européia (UE), apresentaram no final do mês passado, em Bruxelas, a proposta de criação de um "núcleo de capacidade coletiva" capaz de conduzir operações militares na Europa de forma autônoma em relação à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
No mesmo período, o Senado americano ratificou o acordo que autoriza o ingresso na Otan de países da antiga "Cortina de Ferro" (Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e Eslovênia).
Com os novos integrantes, a aliança atlântica contará com 26 países, e o seu poder se ampliará sobre Estados que pertenciam à esfera de poder da ex-União Soviética.
A Otan, que surgiu em 1949 para a proteção dos países capitalistas da Europa, perdeu sua função original com a desintegração da ex-URSS e o fim da ameaça comunista. Extinto o Pacto de Varsóvia, aliança militar dos países do Leste Europeu, a Otan busca modernizar-se para responder a novos desafios, como a luta contra o terrorismo.
Os Estados Unidos estão convencidos de que a Otan é fundamental para a manutenção da segurança e do equilíbrio europeu.
Colin Powell, o secretário de Estado americano, afirmou recentemente que "não se fecha um clube quando as pessoas fazem fila para se tornarem membros dele". Esta parece não ser a opinião dos países que defendem a criação de uma União Européia de Segurança e Defesa (UESD). Tudo indica que as divergências em relação às ações no Iraque não tenham sido superadas e anunciem novos embates entre Washington e o eixo Paris-Berlim.


Roberto Candelori é professor do Colégio Móbile e do Objetivo. E-mail: rcandelori@uol.com.br


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