|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ATUALIDADES
União Européia propõe uma força militar autônoma
ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA
França, Alemanha, Bélgica e Luxemburgo, membros da União
Européia (UE), apresentaram no
final do mês passado, em Bruxelas, a proposta de criação de um
"núcleo de capacidade coletiva"
capaz de conduzir operações militares na Europa de forma autônoma em relação à Organização
do Tratado do Atlântico Norte
(Otan).
No mesmo período, o Senado
americano ratificou o acordo que
autoriza o ingresso na Otan de
países da antiga "Cortina de Ferro" (Bulgária, Estônia, Letônia,
Lituânia, Romênia, Eslováquia e
Eslovênia).
Com os novos integrantes, a
aliança atlântica contará com 26
países, e o seu poder se ampliará
sobre Estados que pertenciam à
esfera de poder da ex-União
Soviética.
A Otan, que surgiu em 1949 para a proteção dos países capitalistas da Europa, perdeu sua função
original com a desintegração da
ex-URSS e o fim da ameaça comunista. Extinto o Pacto de Varsóvia, aliança militar dos países
do Leste Europeu, a Otan busca
modernizar-se para responder a
novos desafios, como a luta contra o terrorismo.
Os Estados Unidos estão convencidos de que a Otan é fundamental para a manutenção da segurança e do equilíbrio europeu.
Colin Powell, o secretário de Estado americano, afirmou recentemente que "não se fecha um clube
quando as pessoas fazem fila para
se tornarem membros dele". Esta
parece não ser a opinião dos países que defendem a criação de
uma União Européia de Segurança e Defesa (UESD). Tudo indica
que as divergências em relação às
ações no Iraque não tenham sido
superadas e anunciem novos embates entre Washington e o eixo
Paris-Berlim.
Roberto Candelori é professor do
Colégio Móbile e do Objetivo.
E-mail: rcandelori@uol.com.br
Texto Anterior: Geografia: O eclipse lunar e os vestibulares Próximo Texto: História: Desenvolvimento do mundo plural Índice
|