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Prova não tem divisão entre
as matérias
DA REPORTAGEM LOCAL
"Comece a prova pela matéria que você tem mais facilidade." A dica, muito dada
por professores para os dias
de vestibular, não tem como
ser posta em prática pelo 1,5
milhão de alunos que farão o
Enem no domingo. Diferentemente dos processos seletivos tradicionais, o exame
tem 63 questões sem divisões entre as matérias.
Não sendo especificamente de matemática ou de geografia, por exemplo, as perguntas têm por base a chamada interdisciplinaridade.
A mesma questão, em geral,
aborda mais de uma matéria
e capacidade. É possível que
o estudante tenha de trabalhar com porcentagens e interpretar mapas para responder a apenas uma delas.
O Enem também não dá
ênfase a conteúdos específicos, mas sim às chamadas
habilidades e competências.
Dificilmente há perguntas
que só são respondidas se o
aluno conhece um tópico específico, como embriologia
ou Revolução Francesa. A
capacidade de interpretar os
enunciados é a mais importante na prova.
O exame avalia cinco competências subdivididas em
21 habilidades. Para cada habilidade, há três questões. As
competências são: domínio
da língua portuguesa e das
linguagens matemática, artística e científica, utilização
dos conceitos de várias disciplinas para compreender os
fenômenos, capacidade de
trabalhar com dados e informações representadas de diferentes formas (mapas, tabelas etc.), capacidade de relacionar informações para
construir argumentações e
elaboração de propostas de
intervenção.
(AN)
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