São Paulo, terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
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Prouni possibilita o acesso a cursos disputados em instituições privadas

DA REPORTAGEM LOCAL

Estudar medicina foi a realização de um sonho para Juliana Carminatto da Silva, 21. Em suas palavras, "se não fosse o Prouni, não teria condições de fazer esse curso", diz, referindo-se à mensalidade de cerca de R$ 2.500 na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Assim como Juliana, mais de 350 mil estudantes conseguiram se beneficiar do Prouni (Programa Universidade para Todos) desde o início do seu funcionamento, em 2005.
O programa tem como objetivo conceder bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de baixa renda em cursos de graduação em instituições privadas. Aquelas universidades que aderem ao programa têm em contrapartida isenção de certos tributos.
"Alguns estudantes ainda recebem uma bolsa-permanência, no valor de R$ 300, para custear livros, transporte e alimentação", afirma Celso Carneiro Ribeiro, diretor do Departamento de Modernização e Programas da Educação Superior do Ministério da Educação.
A seleção para o Prouni é feita por meio da nota obtida no Enem. O estudante não faz o vestibular da instituição, mas precisa preencher critérios como ter uma determinada faixa de renda (que varia se a bolsa for integral ou parcial) e ter estudado em escola pública.
Para Ernani Rolim, diretor-geral da Santa Casa, usar apenas o Enem para avaliar os alunos não é suficiente. "É válido, mas seria interessante que o aluno passasse também por uma seleção da instituição."
O reitor do Mackenzie, Manassés Claudino Fonteles, ressalta que as vagas abrangem cursos bastante disputados, como direito e arquitetura. "A integração com o restante dos alunos é sempre muito boa."
João Décio Passos, vice-reitor comunitário da PUC-SP, concorda. "O acesso a carreiras com alta procura se tornou possível para um público que antes ficava excluído." (FC)


Saiba mais sobre o Prouni no site: www.mec.gov.br/prouni


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