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HISTÓRIA
A formação das monarquias absolutas na Europa
CLAUDIO B. RECCO
ESPECIAL PARA A FOLHA
A Idade Moderna viu o nascimento dos Estados absolutistas. Foi o surgimento do absolutismo que definiu a nova organização do Estado na Europa, superando as monarquias feudais.
Apesar de o processo ter apresentado peculiaridades significativas em cada país, podemos perceber que, apenas com o absolutismo, o sistema legal e jurídico foi
imposto a todos os membros da
sociedade, assim como, foi nesse
momento que a arrecadação de
impostos, o Exército e a burocracia conseguiram se impor, representando o Estado.
Esse Estado foi responsável pela
dissolução dos vínculos feudais e
dos poderes local e regional, ao
mesmo tempo em que eliminou a
autonomia que muitas cidades
haviam conquistado e preservado
durante a Baixa Idade Média.
Além disso, conseguiu submeter
o poder secular, eliminando o poder temporal das igrejas e as utilizando como justificativa para o
poder absoluto dos reis.
Ao longo da história da humanidade, os Estados se formaram
no momento em que certos grupos sociais obtiveram o poder e
organizaram as instituições necessárias para preservá-lo, considerando os interesses econômicos e o poder de influência de outras instituições.
Com o Estado absolutista, encontramos um conjunto de influências, de classes ou de grupos
diferenciados, que contribuíram
direta ou indiretamente para a
consolidação do sistema capitalista. Dessa maneira, a burguesia,
camada que estava em ascensão e
que não participava diretamente
da administração do Estado, foi
beneficiada ao receber monopólios, enquanto os grupos que perderam o poder -a nobreza e o
clero- passaram a controlar a
burocracia e a estrutura militar.
Apesar de diferentes quanto à
origem, à formação e às características culturais, os três grupos
que sustentaram o absolutismo
eram favorecidos pela economia
mercantil e dessa maneira formaram um Estado típico que, em cada país, teve características próprias, independentemente de
congregarem ou não elementos
da mesma nacionalidade. Nesse
sentido, percebe-se que o Estado
moderno representou um momento de transição, em que a burguesia mesmo não sendo uma
classe hegemônica, criou as condições para a consolidação do capitalismo.
Dica: compare as principais características da monarquia absoluta com a monarquia feudal que
a precedeu.
Claudio B. Recco é coordenador do site
www.historianet.com.br, professor do
Objetivo e autor do livro "História em Manchete - Na Virada do Século"
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