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BIOLOGIA
Radicais livres envelhecem células
FABIO GIORDANO
ESPECIAL PARA A FOLHA
Os radicais livres -quaisquer
espécies químicas que apresentam pelo menos um elétron
não-compartilhado na camada de
valência- são os responsáveis
pelo envelhecimento das nossas
células. Formam-se durante toda
a nossa vida, mas são mais sentidos a partir da idade adulta.
Não podemos eliminar totalmente a formação de radicais livres, pois ela ocorre em nosso organismo em importantes processos metabólicos, principalmente
nos derivados do uso do oxigênio.
Eles são responsáveis pelo transporte de elétrons na cadeia respiratória e, em alguns tipos de célula, têm a capacidade de eliminar
bactérias invasoras.
Um efeito prejudicial ao nosso
organismo, no entanto, ocorre
quando há aumento excessivo na
produção ou diminuição de agentes oxidantes, o que os torna responsáveis pelas agressões às células. A reação dos radicais livres
com os ácidos graxos -constituintes de óleos e de gorduras-
pode favorecer o depósito de placas nas paredes arteriais, assim
como a combinação de radicais livres com o DNA das células, alterando seu código genético e produzindo uma multiplicação desordenada -o que pode provocar câncer e infarto do miocárdio.
As principais fontes externas de
radicais livres são fumaça de cigarro, bebidas alcoólicas, exposição a poluentes atmosféricos,
raios solares e raios X e ingestão
de carnes vermelhas.
A velhice humana é uma realidade biológica à medida que o
tempo passa e avança o desenvolvimento orgânico. Há uma complexa interação entre mudanças
biológicas, psicológicas e sociais,
sendo difícil estabelecer qual desses três fatores é o mais determinante no envelhecimento.
Enquanto a geriatria estuda o
tratamento clínico dos idosos e
está mais atrelada à ciência da
saúde, a gerontologia é um estudo
multidisciplinar do envelhecimento e será uma das opções de
curso da USP Leste em 2005
-para atender à demanda de
nosso país, onde o número de
idosos deve aumentar expressivamente na população.
Fabio Giordano é bacharel em biologia,
doutor em ecologia pela USP e professor-pesquisador da Unisanta. E-mail:
giordano@unisanta.br
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