|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Comida - Crítica
Aizomê faz um mosaico interessante de cozinha japonesa pouco conhecida
JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA
Sushibar é o que não falta
em São Paulo e, em praticamente todos, é também possível encontrar os
standards da cozinha japonesa,
como os teppans e os tempuras.
Mais raros são aqueles restaurantes que se aventuram em
pratos quentes menos conhecidos. Essa vem sendo a especialidade do A1 e agora também da
nova casa do mesmo proprietário, que acaba de abrir no Jardim Paulista: o Aizomê.
A inspiração é a mesma do
A1: pratos quentes que vão da
cozinha tradicional até criações inovadoras do chef. Há um
pequeno cardápio à la carte e,
principalmente, a possibilidade
de pedir um menu-degustação,
o omakase, composto de uma
seqüência de oito a dez pratos
frios e quentes transitando pelos diversos tipos de preparo
(cru, cozido, frito, grelhado).
Nas duas casas, o centro das
atividades está num balcão,
mas no Aizomê existem também mais quatro pequenas salas para grupos, onde somente
o menu completo é servido.
Para o chef e proprietário
Shinya Koike (o Shin), 48, a primeira casa, aberta em 2002, já
estava pequena. O sucesso do
empreendimento o estimulou
a abrir o segundo ponto, coroando uma carreira que já leva
14 anos em São Paulo, mas começou bem antes disso.
Shin nasceu em Tóquio e
desde criança conviveu com o
sushibar de seu pai. Aos 18, passou a dedicar-se à cozinha francesa, passando por vários locais
no Japão até vir ao Brasil em
1993. Aqui trabalhou como sushiman e chef em locais como o
Roppongi, o Rangetsu of Tokyo, o Hanadoki e o Mosaic.
Em seu cardápio fixo, o Aizomê já atiça a curiosidade: dele
fazem parte itens como tofu
com ovo preto de pata, atum
com cará ralado, bolinho de lula, tempura de cogumelo portobelo, barbatana de peixe frita...
Nada do que normalmente se
encontraria num japonês convencional da cidade.
No menu-degustação as surpresas serão maiores: numa taça de martini, uma mistura de
ostra com caldos e temperos
variados (talvez variados demais), num pratinho um naco
de toro (atum gordo) levemente grelhado, numa cumbuca pequenos siris-moles fritos (bem
sequinhos, ao contrário do experimentado antes no A1).
Sem falar que nos interregnos há também fatias de sashimi (inclusive um toro envolto
em folha de shissô, alguns sushis). Um mosaico instigante de
uma cozinha pouco conhecida
entre nós.
josimar@basilico.com.br
AIZOMÊ
Avaliação:
Endereço: al. Fernão
Cardim, 39, Jardim
Paulista, tel. 0/xx/ 11/
3251-5157
Funcionamento: seg. a
sáb., das 18h30 à 0h
Ambiente: um simpático
balcão em baixo, mais
quatro salas privativas
Serviço: atencioso
Vinhos: não tem (mas
dizem estar preparando uma
carta); por hora, só saquê e
cerveja
Cartões: American e Visa
Estacionamento com manobrista: grátis
Preços: entradas, R$ 8 a R$
15; pratos principais, R$ 14 a
R$ 18; sobremesas, R$ 8.
Menu degustação: R$ 80 a R$ 100
Texto Anterior: Bebida: Vinho de corte argentino se sobressai Próximo Texto: Bom e barato: Siri Patola se esforça para reproduzir clima praiano Índice
|