Três dos principais festivais brasileiros acontecem esta semana, Percpan (Salvador), Abril pro Rock, (Olinda), e Heineken, (Rio, Porto Alegre, SP, e Curitiba)

Alan Marques/Folha Imagem

O guitarrista do Mali, Ali Farka Touré, que se apresenta hoje no Heineken Concerts

LUIZ ANTÔNIO RYFF
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Reportagem Local

BRUNO GARCEZ
free-lance para a Folha

Uma coincidência. Infeliz para os produtores, que têm que disputar espaço na mídia, e feliz para o público, que tem uma oferta de atrações musicais como não se via há muito. Esta semana concentra três dos festivais "alternativos" mais importantes. Sem contar a volta dos Rolling Stones e de Bob Dylan, que tocam no Rio, dia 11, e em São Paulo, dia 13. Na Bahia, ocorre o Percpan, tendo a percussão como sua estrela maior; em Pernambuco, o Abril pro Rock, reúne bandas independentes. O Heineken Concerts, que este ano se espalha por quatro cidades, traz artistas africanos desconhecidos e apresenta shows concebidos especialmente para o festival -como o Percpan. Para Toy Lima, diretor do Heineken, a realização simultânea dos festivais foi uma coincidência infeliz. "O Abril pro Rock costumava acontecer na segunda quinzena de abril e o Percpan, em março. O Heineken acontece no começo de abril desde 92. Foram eles que mudaram as datas." "Cada festival tem uma orientação distinta, eles não interferem um no outro. Temos aqui também, entre 3 e 12 de abril, "A Paixão de Cristo na Nova Jerusalém', mas são públicos distintos", afirma Paulo André, responsável pelo festival pernambucano. Beth Cayres, promotora do Percpan, diz que seu festival é realizado uma semana antes da Páscoa e lamenta a coincidência. "No ano que vem seria bom a gente conversar para não coincidir."



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