UOL


São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MÚSICA

Savas Pascalidis, um dos expoentes do selo Gigolo, se apresenta em festa com The Hacker, Mau Mau e Renato Lopes

DJ alemão rege lado "vibrante" do electro

THIAGO NEY
DA REDAÇÃO

Savas Pascalidis é um dos responsáveis pela proliferação desenfreada do electro pelo mundo, mas -ou talvez até por isso- ele confessa estar ficando cansado. "Estou um pouco de saco cheio."
DJ e produtor alemão de origem grega, Pascalidis, 32, está no Brasil porque é quase um garoto-propaganda da International Deejay Gigolo e está entre as atrações da festa que a gravadora de Berlim promove em conjunto com a agência Smartbiz, hoje, no Credicard Hall, em São Paulo.
O selo Gigolo é referência quando o assunto é electro, esse gênero que utiliza o pop feito de sintetizadores como base para dar uma cara menos "séria" à música eletrônica. É também dessa casa que vem o francês The Hacker, outro DJ que toca na festa, além dos brasileiros Mau Mau e Renato Lopes.
"O electro reapareceu na Alemanha há uns seis ou sete anos. Era um negócio underground, que foi se construindo lentamente e depois estourou", ele afirma à Folha, já em São Paulo. "Lá está bem comercial, mas no resto do mundo ainda é bem vibrante."
Apesar de citar o frescor que produtores e bandas injetam ao electro, Pascalidis cutuca algumas figuras. "O Electroclash [termo patenteado pelo DJ norte-americano e dono de gravadora Larry Tee para rotular os artistas de seu selo] é como uma bolha na qual muita gente quer fazer parte, mas acho que essa bolha vai estourar daqui a pouco."

Atrasados
Consequência da atenção celebratória com que é recebido há dois ou três anos fora da Alemanha, o electro virou alvo também de inúmeras críticas, entre elas a de que seria um tipo de música limitado, que não evolui e se repete.
"Acho que isso tem muito a ver com ciúmes de gente tentando parecer cool, à frente de seu tempo. Essas pessoas estão amargas porque chegaram atrasadas. Tivemos esse tipo de reação na França, onde, há uns três anos, quando começamos a tocar electro, a mídia só falava naquele tipo de house farofa", diz Hacker. "Eles tinham perdido o ponto."

Mau Mau
Escalado para tocar após Hacker, fechando a noite, o DJ e produtor paulista Mau Mau prepara o lançamento de dois discos, previstos para setembro: um EP ainda sem nome, com três ou quatro músicas, que será distribuído na Europa pelo selo Crayon, do DJ britânico Mark Ambrose; o outro é seu álbum de estréia, "Music Is My Life", que terá distribuição nacional.


SMARTBIZ GIGOLO PARTY. Festa com os DJs Renato Lopes (23h), Savas Pascalidis (1h30), The Hacker (3h30) e Mau Mau (5h30). Onde: Credicard Hall (av. Nações Unidas, 17.955, SP, tel. 0/xx/ 11/6846-6010). Quando: hoje, a partir das 23h. Quanto: de R$ 40 (pista) a R$ 70 (camarote). Patrocinador: Peugeot.


Texto Anterior: Crítica: Personagens não são mais interessantes que o leitão
Próximo Texto: Música/Lançamento - Afrobeat: Documentário de 1982 expõe marcas de Fela Kuti
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.