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MÚSICA
Savas Pascalidis, um dos expoentes do selo Gigolo, se apresenta em festa com The Hacker, Mau Mau e Renato Lopes
DJ alemão rege lado "vibrante" do electro
THIAGO NEY
DA REDAÇÃO
Savas Pascalidis é um dos responsáveis pela proliferação desenfreada do electro pelo mundo,
mas -ou talvez até por isso- ele
confessa estar ficando cansado.
"Estou um pouco de saco cheio."
DJ e produtor alemão de origem
grega, Pascalidis, 32, está no Brasil
porque é quase um garoto-propaganda da International Deejay Gigolo e está entre as atrações da festa que a gravadora de Berlim promove em conjunto com a agência
Smartbiz, hoje, no Credicard Hall,
em São Paulo.
O selo Gigolo é referência quando o assunto é electro, esse gênero
que utiliza o pop feito de sintetizadores como base para dar uma cara menos "séria" à música eletrônica. É também dessa casa que
vem o francês The Hacker, outro
DJ que toca na festa, além dos brasileiros Mau Mau e Renato Lopes.
"O electro reapareceu na Alemanha há uns seis ou sete anos.
Era um negócio underground,
que foi se construindo lentamente
e depois estourou", ele afirma à
Folha, já em São Paulo. "Lá está
bem comercial, mas no resto do
mundo ainda é bem vibrante."
Apesar de citar o frescor que
produtores e bandas injetam ao
electro, Pascalidis cutuca algumas
figuras. "O Electroclash [termo
patenteado pelo DJ norte-americano e dono de gravadora Larry
Tee para rotular os artistas de seu
selo] é como uma bolha na qual
muita gente quer fazer parte, mas
acho que essa bolha vai estourar
daqui a pouco."
Atrasados
Consequência da atenção celebratória com que é recebido há
dois ou três anos fora da Alemanha, o electro virou alvo também
de inúmeras críticas, entre elas a
de que seria um tipo de música limitado, que não evolui e se repete.
"Acho que isso tem muito a ver
com ciúmes de gente tentando
parecer cool, à frente de seu tempo. Essas pessoas estão amargas
porque chegaram atrasadas. Tivemos esse tipo de reação na França, onde, há uns três anos, quando
começamos a tocar electro, a mídia só falava naquele tipo de house farofa", diz Hacker. "Eles tinham perdido o ponto."
Mau Mau
Escalado para tocar após Hacker, fechando a noite, o DJ e produtor paulista Mau Mau prepara
o lançamento de dois discos, previstos para setembro: um EP ainda sem nome, com três ou quatro
músicas, que será distribuído na
Europa pelo selo Crayon, do DJ
britânico Mark Ambrose; o outro
é seu álbum de estréia, "Music Is
My Life", que terá distribuição
nacional.
SMARTBIZ GIGOLO PARTY. Festa com
os DJs Renato Lopes (23h), Savas
Pascalidis (1h30), The Hacker (3h30) e
Mau Mau (5h30). Onde: Credicard Hall
(av. Nações Unidas, 17.955, SP, tel. 0/xx/
11/6846-6010). Quando: hoje, a partir
das 23h. Quanto: de R$ 40 (pista) a R$ 70
(camarote). Patrocinador: Peugeot.
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