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CRÍTICA DRAMA
Eliane Caffé confere narrativa austera a "O Sol do Meio Dia"
ALEXANDRE AGABITI
FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Filmado na Amazônia, o
terceiro longa de Eliane Caffé
é um drama seco, narrado
com austeridade. E aposta
muito nos dois atores principais, Luiz Carlos Vasconcelos e Chico Diaz, que vivem
personagens de características opostas.
Artur (Vasconcelos) acaba
de sair da prisão e parte em
uma viagem para esquecer o
passado, no barco do desconhecido Matuim (Diaz).
Este perdeu o pai e herdou
um velho barco. Vai a Belém
para ficar longe dos contrabandistas que o ameaçam.
O essencial das características da dupla é transmitido
por seus corpos e rostos, em
planos fechados, pois o roteiro oferece muito pouco.
O taciturno Artur entra em
conflito com o extrovertido
Matuim, um fanfarrão que
geralmente se dá mal.
A jornada não os transforma, apesar de cheia de peripécias. Esse é o maior problema do filme.
Nem mesmo o surgimento
de Ciara (Cláudia Assunção)
e do triângulo amoroso esboçado entre ela e os dois-
quando o filme vai para a terra firme- resolve isso.
O SOL DO MEIO DIA
DIREÇÃO Eliane Caffé
PRODUÇÃO Brasil, 2009
COM Luiz Carlos Vasconcelos,
Chico Diaz
ONDE nos cines Belas Artes,
Reserva Cultural e circuito
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
AVALIAÇÃO regular
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