São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2010

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CRÍTICA DRAMA

Eliane Caffé confere narrativa austera a "O Sol do Meio Dia"

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Filmado na Amazônia, o terceiro longa de Eliane Caffé é um drama seco, narrado com austeridade. E aposta muito nos dois atores principais, Luiz Carlos Vasconcelos e Chico Diaz, que vivem personagens de características opostas.
Artur (Vasconcelos) acaba de sair da prisão e parte em uma viagem para esquecer o passado, no barco do desconhecido Matuim (Diaz).
Este perdeu o pai e herdou um velho barco. Vai a Belém para ficar longe dos contrabandistas que o ameaçam. O essencial das características da dupla é transmitido por seus corpos e rostos, em planos fechados, pois o roteiro oferece muito pouco.
O taciturno Artur entra em conflito com o extrovertido Matuim, um fanfarrão que geralmente se dá mal. A jornada não os transforma, apesar de cheia de peripécias. Esse é o maior problema do filme.
Nem mesmo o surgimento de Ciara (Cláudia Assunção) e do triângulo amoroso esboçado entre ela e os dois- quando o filme vai para a terra firme- resolve isso.

O SOL DO MEIO DIA

DIREÇÃO Eliane Caffé
PRODUÇÃO Brasil, 2009
COM Luiz Carlos Vasconcelos, Chico Diaz
ONDE nos cines Belas Artes, Reserva Cultural e circuito
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
AVALIAÇÃO regular


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