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Ator Tony Curtis morre de infarto aos 85
Protagonista de "Quanto Mais Quente Melhor", de Billy Wilder, terminou a carreira como pintor e escritor
Sua única indicação ao Oscar foi com o filme "Acorrentados", de 1958, mas não lhe rendeu nenhum prêmio
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O ator Tony Curtis morreu
na madrugada de ontem, em
sua casa em Henderson, Nevada (EUA), aos 85 anos.
Ele sofreu um infarto enquanto dormia, após várias
internações desde 2006 por
problemas respiratórios e
uma pneumonia que chegou
a deixá-lo em coma.
O norte-americano teve
uma única indicação ao Oscar por "Acorrentados"
(1958), de Stanley Kramer,
mas nunca recebeu a estatueta. No filme, ele vivia um
racista que fugia algemado a
um negro (Sidney Poitier).
Em 1959, fez com Billy Wilder a parceria que o consagraria: "Quanto Mais Quente
Melhor", em que atuava travestido de mulher com Jack
Lemmon e Marilyn Monroe.
O filme foi considerado o
mais engraçado de todos os
tempos pelo American Film
Institute, em 2000.
Teve papéis importantes
em longas como "Spartacus"
(1960), de Stanley Kubrick, e
"O Bebê de Rosemary"
(1968), de Roman Polanski.
Com o declínio de convites
para atuar, se afundou em
drogas e álcool. Nos anos
1980, se recuperou com o telefilme "The Scarlett O'Hara
War", em que recebeu indicação ao Emmy ao retratar o
produtor David O. Selznick.
MULHERENGO
Nascido Bernard Schwartz
em 1925, era filho de judeus
húngaros que emigraram aos
EUA após a Primeira Guerra.
Uma agência de caça-talentos o descobriu em 1945 e,
aos 23 anos, ele já havia assinado um contrato de sete
anos com a Universal. Ganhava US$ 100 por semana.
Foi o estúdio que lhe deu
seu nome artístico, misturando o título de um romance
com o nome de um tio.
Mais tarde, resolveu migrar para a pintura, que ele
considerava como uma válvula de escape para seus vícios e para a dor da morte do
filho mais velho, por overdose. Deixou as telas em 2005
com uma participação na série investigativa "CSI".
Mulherengo inveterado,
ele se casou seis vezes, a primeira delas com Janet Leigh
("Psicose"). Com ela, teve Jamie Lee Curtis, que reclamava dele como pai.
Fizeram as pazes após o
sucesso dela como atriz.
"Meu pai deixa um legado de
grandes interpretações.
Também deixa filhos e famílias que o amavam", disse a
atriz de "Halloween".
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