São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Ator Tony Curtis morre de infarto aos 85

Protagonista de "Quanto Mais Quente Melhor", de Billy Wilder, terminou a carreira como pintor e escritor

Sua única indicação ao Oscar foi com o filme "Acorrentados", de 1958, mas não lhe rendeu nenhum prêmio

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ator Tony Curtis morreu na madrugada de ontem, em sua casa em Henderson, Nevada (EUA), aos 85 anos.
Ele sofreu um infarto enquanto dormia, após várias internações desde 2006 por problemas respiratórios e uma pneumonia que chegou a deixá-lo em coma.
O norte-americano teve uma única indicação ao Oscar por "Acorrentados" (1958), de Stanley Kramer, mas nunca recebeu a estatueta. No filme, ele vivia um racista que fugia algemado a um negro (Sidney Poitier).
Em 1959, fez com Billy Wilder a parceria que o consagraria: "Quanto Mais Quente Melhor", em que atuava travestido de mulher com Jack Lemmon e Marilyn Monroe.
O filme foi considerado o mais engraçado de todos os tempos pelo American Film Institute, em 2000.
Teve papéis importantes em longas como "Spartacus" (1960), de Stanley Kubrick, e "O Bebê de Rosemary" (1968), de Roman Polanski.
Com o declínio de convites para atuar, se afundou em drogas e álcool. Nos anos 1980, se recuperou com o telefilme "The Scarlett O'Hara War", em que recebeu indicação ao Emmy ao retratar o produtor David O. Selznick.

MULHERENGO
Nascido Bernard Schwartz em 1925, era filho de judeus húngaros que emigraram aos EUA após a Primeira Guerra.
Uma agência de caça-talentos o descobriu em 1945 e, aos 23 anos, ele já havia assinado um contrato de sete anos com a Universal. Ganhava US$ 100 por semana.
Foi o estúdio que lhe deu seu nome artístico, misturando o título de um romance com o nome de um tio.
Mais tarde, resolveu migrar para a pintura, que ele considerava como uma válvula de escape para seus vícios e para a dor da morte do filho mais velho, por overdose. Deixou as telas em 2005 com uma participação na série investigativa "CSI".
Mulherengo inveterado, ele se casou seis vezes, a primeira delas com Janet Leigh ("Psicose"). Com ela, teve Jamie Lee Curtis, que reclamava dele como pai.
Fizeram as pazes após o sucesso dela como atriz. "Meu pai deixa um legado de grandes interpretações. Também deixa filhos e famílias que o amavam", disse a atriz de "Halloween".


Texto Anterior: Crítica/Drama: Eliane Caffé confere narrativa austera a "O Sol do Meio Dia"
Próximo Texto: Opinião: Curtis marcou não apenas pela beleza de galã, mas pela ambiguidade do olhar
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.