São Paulo, quinta-feira, 01 de dezembro de 2005

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Cine nordestino domina noite de premiação

ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

Entre os curtas, salvo os Candangos dos júris oficial e popular para o brasiliense "Rap, o Canto da Ceilândia", e de melhor atriz para Iara Jamra por "O Caderno Rose de Lori Lamby", a noite de premiação foi mesmo do cinema nordestino, aplaudido com veemência.
O curta pernambucano "Rapsódia para um Homem Comum" foi adquirido pelo Canal Brasil e ainda levou os prêmios da crítica e os Candangos de melhor direção, para Camilo Cavalcante, e de melhor ator, para o cearense Cláudio Jaborandi. E "O Meio do Mundo", do paraibano Marcus Vilar, ficou com o Candango de melhor fotografia, para Roberto Iuri.
Ao receber o prêmio de melhor diretor, Edgar Navarro, que receberá um prêmio de R$ 30 mil como melhor roteirista e diretor, gritou: "Nós somos muito pobres!". Da platéia, alguém prontamente respondeu: "Vocês são muito ricos!".
Mas foi a mulher do diretor de "Eu Me Lembro", a atriz baiana Rita Santana, quem fez o discurso mais inflamado. Ao receber os troféus em nome das atrizes Arly Arnaud e Valderez Freitas Teixeira, Santana ressaltou que seu trabalho de preparação no elenco foi quase invisível. Mas fez uma ressalva: "Estes prêmios são nossos, atores e atrizes que estamos desprezados no Nordeste. Obrigado, júri, por ter visto a beleza dos atores nordestinos", disse Santana, chorando. (ES)

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