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Cine nordestino domina noite de premiação
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
Entre os curtas, salvo os
Candangos dos júris oficial e
popular para o brasiliense
"Rap, o Canto da Ceilândia",
e de melhor atriz para Iara
Jamra por "O Caderno Rose
de Lori Lamby", a noite de
premiação foi mesmo do cinema nordestino, aplaudido
com veemência.
O curta pernambucano
"Rapsódia para um Homem
Comum" foi adquirido pelo
Canal Brasil e ainda levou os
prêmios da crítica e os Candangos de melhor direção,
para Camilo Cavalcante, e de
melhor ator, para o cearense
Cláudio Jaborandi. E "O
Meio do Mundo", do paraibano Marcus Vilar, ficou
com o Candango de melhor
fotografia, para Roberto Iuri.
Ao receber o prêmio de
melhor diretor, Edgar Navarro, que receberá um prêmio de R$ 30 mil como melhor roteirista e diretor, gritou: "Nós somos muito pobres!". Da platéia, alguém
prontamente respondeu:
"Vocês são muito ricos!".
Mas foi a mulher do diretor de "Eu Me Lembro", a
atriz baiana Rita Santana,
quem fez o discurso mais inflamado. Ao receber os troféus em nome das atrizes
Arly Arnaud e Valderez Freitas Teixeira, Santana ressaltou que seu trabalho de preparação no elenco foi quase
invisível. Mas fez uma ressalva: "Estes prêmios são nossos, atores e atrizes que estamos desprezados no Nordeste. Obrigado, júri, por ter
visto a beleza dos atores nordestinos", disse Santana,
chorando.
(ES)
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