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MÚSICA
Enquanto o rico e famoso Ricky Martin faz show hoje no Credicard Hall, ex-colegas tentam emplacar a volta do grupo
Com Roy, novo Menudo é ainda mais trash e mora no Brasil
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Bonito, rico e famoso, Ricky
Martin faz show hoje no Credicard Hall. OK, mas essa não é a
melhor história a ser contada sobre um ex-menudo. Vamos a ela:
Chega à Folha, há pouco menos
de um mês, um e-mail: Menudo
La Reunión faz show no Olympia.
Na nova formação está Roy Rosselló, um dos que se apresentaram
no estádio do Morumbi (SP), em
1985, num show para 200 mil fãs.
Os outros da época do auge no
Brasil -Rick ("Ricão", substituído por "Riquinho", o Ricky Martin), Robby Rosa, Rey Reyes e
Charlie Massó- seguiram outros
rumos, como mostra o quadro. E
não voltarão a rebolar em "Não se
Reprima" ao redor dos 30 anos.
Vamos, então, entrevistar o Menudo? Como a proposta é feita em
2005 e não há 20 anos, a repórter
não desmaia nem chora de emoção, longe disso. Só liga para marcar. "Menudo hoje? OK", respondeu a assessora. Bem mais fácil do
que deve ter sido às vésperas daquela apresentação no Morumbi.
Endereço na mão, lá vai a Folha.
Uma ruela atrás da avenida Ricardo Jafet, casa antiga, Kombi velha
na garagem. Uma moça de short e
chinelo abre o portão e indica. É lá
no fundo, no quintal. Um estúdio
improvisado, ar-condicionado
barulhento. Dois homens comem
sanduíche de pão de fôrma, outros dois estão sentados num sofá
florido empoeirado e um último
dorme em outro, meio rasgado.
Uns segundos, e a ficha cai: sim,
essas pessoas são os menudos.
"Olá, tudo bem, você é da Folha,
né? Eu sou o Roy." Lá está ele, 34
anos, baixinho, barriguinha, cabelos avermelhados, camiseta estampada com uma foto sua ao lado da de Ivete Sangalo. E pochete.
A assessora chama num canto:
"Olha, acho que não vai ter show
no Olympia [e não teve mesmo,
foi cancelado alguns dias antes da
apresentação]. Então não quero
que foquem a reportagem nisso,
mas na turnê que será em janeiro.
Também não quero que entrevistem só o Roy, porque queremos
focar o grupo todo." Ela é contratada da Sunshine, que cuida da
"carreira" do Menudo, da banda
Rouge, da dupla sertaneja Gian e
Giovani e do grupo de pagode
Harmonia do Samba.
Os novos menudos se sentam
em torno da repórter, e lá vem relação: eles estão morando no Brasil há quatro meses. Já fizeram
ronda por programas populares
de televisão, rádios e um show na
Trash 80's, festa que reúne o mais
brega da década, como Gretchen,
Biafra, Sidney Magal, Rosana etc.
Roy é o mentor da banda. Soube
que o empresário Edgard Diaz,
criador do Menudo, vendera a
marca após o fim do grupo, em
2003, e foi atrás dos novos donos.
Convocou os outros integrantes, deixou em Porto Rico o trabalho de corretor de imóveis da empresa do pai e voltou ao Brasil, onde viveu por dez anos pós-Menudo. Nesse período, morou na Serra da Canteira (SP), comprou fazenda em Minas, namorou Mara
Maravilha, teve filha com uma jurada do programa que apresentava na Record e fez shows na campanha de Fernando Collor.
Para La Reunión estrategicamente convocou gente de formações distintas, cada um famoso
num diferente país: Caleb, 27, Ruben, 29, Raymond, 32 (da última
fase do Brasil, substituto de Ray
Reyes), e Anthony, 26. Fim da entrevista, vamos às fotos. À pedido
da Folha, fazem os passos de
"Não se Reprima" enquanto entoam: "Canta, dança, como eu...".
Foi uma performance exclusiva, e
nem adianta ir ao show do Rick
Martin porque ele está em outra.
E bota "em outra" nisso...
Ricky Martin
Quando: hoje, às 21h30
Onde: Credicard Hall (av. Nações Unidas,
17.955, Santo Amaro, SP, tel. 0/xx/11/
6846-6000)
Quanto: de R$ 80 a R$ 220
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