São Paulo, quinta-feira, 01 de dezembro de 2005

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MÚSICA

Enquanto o rico e famoso Ricky Martin faz show hoje no Credicard Hall, ex-colegas tentam emplacar a volta do grupo

Com Roy, novo Menudo é ainda mais trash e mora no Brasil

LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Bonito, rico e famoso, Ricky Martin faz show hoje no Credicard Hall. OK, mas essa não é a melhor história a ser contada sobre um ex-menudo. Vamos a ela:
Chega à Folha, há pouco menos de um mês, um e-mail: Menudo La Reunión faz show no Olympia. Na nova formação está Roy Rosselló, um dos que se apresentaram no estádio do Morumbi (SP), em 1985, num show para 200 mil fãs.
Os outros da época do auge no Brasil -Rick ("Ricão", substituído por "Riquinho", o Ricky Martin), Robby Rosa, Rey Reyes e Charlie Massó- seguiram outros rumos, como mostra o quadro. E não voltarão a rebolar em "Não se Reprima" ao redor dos 30 anos.
Vamos, então, entrevistar o Menudo? Como a proposta é feita em 2005 e não há 20 anos, a repórter não desmaia nem chora de emoção, longe disso. Só liga para marcar. "Menudo hoje? OK", respondeu a assessora. Bem mais fácil do que deve ter sido às vésperas daquela apresentação no Morumbi.
Endereço na mão, lá vai a Folha. Uma ruela atrás da avenida Ricardo Jafet, casa antiga, Kombi velha na garagem. Uma moça de short e chinelo abre o portão e indica. É lá no fundo, no quintal. Um estúdio improvisado, ar-condicionado barulhento. Dois homens comem sanduíche de pão de fôrma, outros dois estão sentados num sofá florido empoeirado e um último dorme em outro, meio rasgado. Uns segundos, e a ficha cai: sim, essas pessoas são os menudos.
"Olá, tudo bem, você é da Folha, né? Eu sou o Roy." Lá está ele, 34 anos, baixinho, barriguinha, cabelos avermelhados, camiseta estampada com uma foto sua ao lado da de Ivete Sangalo. E pochete.
A assessora chama num canto: "Olha, acho que não vai ter show no Olympia [e não teve mesmo, foi cancelado alguns dias antes da apresentação]. Então não quero que foquem a reportagem nisso, mas na turnê que será em janeiro. Também não quero que entrevistem só o Roy, porque queremos focar o grupo todo." Ela é contratada da Sunshine, que cuida da "carreira" do Menudo, da banda Rouge, da dupla sertaneja Gian e Giovani e do grupo de pagode Harmonia do Samba.
Os novos menudos se sentam em torno da repórter, e lá vem relação: eles estão morando no Brasil há quatro meses. Já fizeram ronda por programas populares de televisão, rádios e um show na Trash 80's, festa que reúne o mais brega da década, como Gretchen, Biafra, Sidney Magal, Rosana etc.
Roy é o mentor da banda. Soube que o empresário Edgard Diaz, criador do Menudo, vendera a marca após o fim do grupo, em 2003, e foi atrás dos novos donos.
Convocou os outros integrantes, deixou em Porto Rico o trabalho de corretor de imóveis da empresa do pai e voltou ao Brasil, onde viveu por dez anos pós-Menudo. Nesse período, morou na Serra da Canteira (SP), comprou fazenda em Minas, namorou Mara Maravilha, teve filha com uma jurada do programa que apresentava na Record e fez shows na campanha de Fernando Collor.
Para La Reunión estrategicamente convocou gente de formações distintas, cada um famoso num diferente país: Caleb, 27, Ruben, 29, Raymond, 32 (da última fase do Brasil, substituto de Ray Reyes), e Anthony, 26. Fim da entrevista, vamos às fotos. À pedido da Folha, fazem os passos de "Não se Reprima" enquanto entoam: "Canta, dança, como eu...". Foi uma performance exclusiva, e nem adianta ir ao show do Rick Martin porque ele está em outra. E bota "em outra" nisso...


Ricky Martin
Quando:
hoje, às 21h30
Onde: Credicard Hall (av. Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro, SP, tel. 0/xx/11/ 6846-6000)
Quanto: de R$ 80 a R$ 220


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