São Paulo, sexta-feira, 02 de março de 2007

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Crítica

Arte fica sujeita a caprichos do mercado em filme

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Vontade Indômita" (TCM, 16h30), com seu título de filme de aventura, é um insólito trabalho sobre a criatividade de um arquiteto e sua batalha para preservá-la de alterações.
Segundo consta, o modelo do arquiteto representado por Gary Cooper foi Frank Lloyd Wright, mas o filme dirigido por King Vidor em 1949, como bom veículo hollywoodiano, terá conflitos amorosos em seu centro, processos, interferência da imprensa.
Tudo isso existe, essencialmente, para salvar o lado comercial da empreitada.
Na real, na real o que importa é a luta do arquiteto, levada às últimas conseqüências para que seu trabalho não perdesse a integridade.
Disso entende quem trabalha no cinema (arte, como a arquitetura, sujeita aos caprichos do mercado) e, sobretudo, em Hollywood.
Daí talvez venha a convicção que faz de "Vontade" um filme em muitos aspectos memoráveis -embora seja tido em geral como um Vidor menor.


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