São Paulo, quinta, 2 de abril de 1998

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O MITO
Cientista revolucionou as teorias da física

RICARDO BONALUME NETO
especial para a Folha

Bem antes de posar mostrando a língua para a sua mais conhecida foto, o físico Albert Einstein (1879-1955) já era o cientista mais famoso do século 20.
A fama é merecida pelo que ele representou para a ciência, mas se deve, em grande parte, às suas atitudes, tanto as políticas como as de comportamento cotidiano.
Ele foi pacifista de carteirinha, mas defendeu que os americanos pesquisassem a bomba atômica para se opor ao nazismo.
E tinha a pose de cientista desligado, aquele que topava com alguém e perguntava de onde tinha vindo. "Ah, se eu vinha da direção do refeitório, quer dizer que eu já almocei."
São muito poucos os cientistas que revolucionaram alguma disciplina científica. Einstein fez isso com uma das mais fundamentais, a física.
Ele propôs a teoria da relatividade, que trouxe a noção de que não há movimentos absolutos no universo, apenas relativos.
A teoria violenta completamente o senso comum. Para Einstein, o universo não é plano como na geometria euclidiana, nem o tempo é absoluto, mas ambos se combinam em um "espaço-tempo" curvo.
Depois que começaram as comprovações de sua teoria -algo que até hoje acontece-, ele virou uma estrela.
Ele sabia como se comunicar: "Quando você está namorando uma garota bonita, uma hora parece um segundo. Quando você está sentado em brasas, um segundo parece uma hora. Isso é relatividade".
Einstein fazia boas frases de efeito -como "deus não joga dados" (com o universo). Mas isso não quer dizer que ele acertava sempre.
Essa frase foi dita em relação à teoria quântica, a outra das grandes revoluções da física do século 20, com a qual ele nunca se deu muito bem.



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