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Para coordenador, gênero parte do jornalismo
DA REPORTAGEM LOCAL
O que une personalidades tão
distintas como Mário de Andrade
e Canhoteiro? Ou d. Paulo Evaristo Arns e Mano Brown? Em separado, talvez nada. Juntos, porém,
os quatro personagens enunciados -e outros seis- já se alinham na missão de definir o panorama de São Paulo ambicionado pela série Avenida Paulista.
Outro ponto em comum está
por trás dos nomes da lista -na
lista de nomes que a assina. Em
sua segunda empreitada pelo gênero de "livros-perfis", o editor
Alberto Schprejer convocou, por
ora, somente jornalistas como autores da coleção da Prestígio.
Schprejer indica que a profissão
não é um critério determinado
para a escolha de autores, mas
uma característica que foi se firmando a partir da sua experiência
anterior, à frente da Perfis do Rio.
"Nessa coleção, funciona melhor.
No Rio, os melhores perfis foram
feitos por jornalistas."
Na opinião do editor, isso se deve ao fato de o gênero ("que a gente está um pouco inventando", arrisca) ser um "híbrido entre matéria [sic" jornalística e biografia
tradicional".
"É onde a escrita do jornalista
pode se expandir", ir além do espaço e das regras impostos pelo
formato de reportagem.
Schprejer rememora, como
exemplo, o retrato "quase ficcional" do cronista Antônio Maria
feito por Joaquim Ferreira dos
Santos, em 1996.
Entre 2003 e 2004, o painel deverá estar composto de 50 títulos,
em edições de formato pequeno
(16 cm x 23 cm), com fotos. Dos
perfis já pedidos destacam-se o da
escritora Lygia Fagundes Telles,
do piloto Ayrton Senna, do músico Jorge Mautner e o de um jornalista, José Hamilton Ribeiro.
Outras coleções
Enquanto as irmãs caçulas não
vêm, as séries "veteranas" continuam em expansão.
Aumentando a lista da Perfis do
Rio, chegam proximamente o
sambista Paulinho da Viola e o arquiteto Sérgio Bernardes.
Entre as personalidades cearenses da Terra Bárbara, o cantador
Cego Oliveira, o historiador Capistrano de Abreu e a pintora Sinhá d'Amora.
(FRANCESCA ANGIOLILLO)
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