CRÍTICO DA FOLHA

Nem toda cantina paulistana fica na zona leste ou no Bexiga, como mostra a Bella Donna, em pleno Itaim Bibi. Ela pode não ser daquelas abertas há 50 ou 60 anos, mas já tem lá sua pequena história, que passa de um quarto de século.
A casa foi aberta em 1984 por Teresinha Efigenia Rodrigues de Rezende, 48, e seu marido, Wilson Bispo Pinto, 51. Ela mineira, ele cearense, conheceram-se na italianada São Paulo, onde cantinas fazem parte da paisagem.
Aliás, a história já havia começado antes da Bella Donna: o casal trabalhara em outra cantina, a Bella Itália, na rua Barão de Rio Branco, fechada em 87 e que pertenceu à família de Teresinha.
O restaurante funciona nos moldes das osterias familiares italianas -a mulher na cozinha, o marido no salão-, embora essa seja maior do que a média de lá.
O cardápio também: no lugar de poucas sugestões do dia, aqui há uma extensa oferta cantineira.
Massas e pizzas são o centro da oferta: lasanha ao sugo, fusilli com brachola, capelete in brodo, espaguete e talharim com molhos à escolha (à bolonhesa, à arrabiata, ao pesto, um bizarro carbonara com tomate e alho), tudo numa grafia macarrônica.
Parmigiana, porpeta e outros clássicos completam a oferta, que nem sempre brilha na qualidade, mas vale pelos preços razoáveis e pelo atendimento cordial.
Há uma pequena oferta de vinhos, principalmente brasileiros, mas também opções de fora -onde os deslizes de grafia tornam-se mais engraçados (já bebeu, por exemplo, um "Corvo Ducat di Salapatura"??). (JOSIMAR MELO)

CANTINA BELLA DONNA
ENDEREÇO r. Tabapuã, 749, Itaim Bibi, tel. 0/xx/11/3078-6889
FUNCIONAMENTO ter. a dom., das 11h à 0h
PREÇOS entradas, de R$ 8,50 a R$ 28; pratos principais, de R$ 10 a R$ 80; sobremesas, de R$ 5 a R$ 12


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