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São Paulo, quinta-feira, 02 de outubro de 2003

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"Não promovemos nossa arquitetura"

CRÍTICO DA FOLHA

O arquiteto e historiador Lúcio Gomes Machado comenta abaixo a Bienal de Arquitetura.
 
"Hoje a grande vitória é ela existir. Todas as últimas Bienais -menos a 4ª- tiveram um problema idêntico, a credibilidade. É um evento que não tem patrimônio. A única coisa que faz a Bienal viver é o fato de as pessoas saberem que ela vai acontecer a cada dois anos, e que a experiência de uma será transmitida para outra.
Fazer uma nova exposição após quatro anos é como começar do zero. No mundo desenvolvido, um evento desse tipo começa a ser pensado com seis anos de antecedência. Se você liga para alguém pedindo o empréstimo de uma obra para a semana seguinte, a pessoa acha que você ou é um picareta ou um louco. Então, esta Bienal é um milagre.
Mas é claro que as Bienais têm aumentado a discussão interna. O que acontece é que nós falhamos em não ter promovido a arquitetura aqui. Se a gente compara com a Bienal de Buenos Aires (desde 1985), vê isso. É uma exposição quase privada, mas tem uma mobilização incrível. O jet-set da arquitetura mundial vai lá e nem faz escala no Brasil, cuja arquitetura é mais importante."

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