São Paulo, sexta-feira, 03 de março de 2000


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Colette é a loja mais descolada de Paris

da enviada a Paris

A Colette é a loja mais descolada de Paris. Fica no 213 da rue Saint Honoré, perto da praça Colette e atrás do Louvre -e das salas oficiais dos desfiles do prêt-à-porter. Os fashionistas adoram dar uma escapada para lá.
Lá dentro, o clima é sempre de liquidação, com as pessoas andando ansiosas entre os corredores da loja. E não que os preços sejam assim tão convidativos.
Há o que comprar para todos os bolsos, desde CDs que vão impressionar suas visitas (e fazer você se sentir bem), como o novo do Air, até os tênis do momento (que ajudaram a fazer a fama da loja) e objetos para a casa -de velas a bonecos.
No subsolo, o famoso "bar de água" da casa, com garrafas de água de todo canto do mundo.
Anteontem, depois do fim da maratona do dia, a mais agitada festa da semana foi lá, da Polo Ralph Lauren, em homenagem à musa fashion Lisa Eisner e suas "Rodeo Girls", com a exposição das fotos das moças e às moças em si (na galeria do mezanino, ladeada pela livraria com os melhores livros e revistas modernas).
"A Colette começou porque não tínhamos um lugar em que se reunissem as coisas legais", explica Alain Snege, um francês pequenino e simpático, o inteligente comprador do segmento fashion da loja, que começou há dois anos.
Segundo ele, no início foi difícil romper o monopólio de exclusividade que algumas multimarcas de grifes, como a Maria Luisa, impunham a seus estilistas.
"Agora é o contrário: todo mundo quer estar na Colette", diz, comemorando a assinatura do contrato com Hussein Chalayan ("As pessoas queriam comprar suas roupas, mas não tinham onde").
Com o olhar de seus compradores especializados, portanto, a marca faz uma pré-seleção das peças, sugerindo o que de melhor comprar na coleção de cada uma. "Compramos somente o que gostamos."
As roupas da Comme des Garçons que estão à venda nesta estação na Colette, por exemplo, de verão, são aquelas em cor-de-rosa, com babados, drapeados e golas. A Miu Miu é outra marca com destaque agora (a nova vitrine estreou há uma semana).
A disposição das peças também é fundamental. Nada dos previsíveis "corners" em que cada grife tem seu cantinho, mas com looks espalhados, aparentemente sem critério, mas harmoniosamente, entre vendedores que arrumam a bagunça dos compradores sem incomodar.
O planeta fashion agradece. (EP)


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