São Paulo, sexta-feira, 03 de março de 2000


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Proporções operam revolução 2000

da enviada a Paris


Você tem ouvido falar de revival de décadas, de new chic, de feminilidade, de peles. Mas dois aspectos têm operado, silenciosamente, a revolução na moda que está ocorrendo nesta temporada (pode acreditar, há uma em curso): a tecnologia têxtil e as novas proporções.
Assim, vemos que as indústrias de tecidos e de fios vêm caminhando lado a lado para apresentar um produto que seja o mais confortável possível. Depois de ter sido apertada no início do século por corseletes e toda sorte de artifícios e formas, a mulher (o homem nem se fala) do ano 2000 quer conforto e bem estar. E isso se traduz, por exemplo, em lãs mais leves; no uso de roupas forradas por dentro (os tais tecidos dublados, feito dos dois lados); nos materiais que levem em conta a troca de calor (aquecem no frio e refrescam no calor); nos sintéticos com aparência de natural -e o toque mais macio.
"O grande lance hoje é o tecido que você olha e não sabe o que é; parece uma coisa, é tipo outra...", diz a consultora de moda Costanza Pascolato, da Santaconstância.
Do outro lado, a mudança das proporções parte desses novos meios (os tecidos) para traduzir o repertório visual e emocional dos estilistas em relação a décadas do passado, com o "shape" de hoje.
Não basta, portanto, ir ao brechó ou pegar da sua mãe aquela chemise de seda chiquérrima.
O grande jogo da modernidade é lidar com a nova silhueta -que é mais enxuta-, mesmo nos jaquetões anos 80 de Marc Jacobs, da Louis Vuitton. Nas saias e calças, também é alta a dificuldade.
Os comprimentos são levados mais a sério do que nunca, e devem ser precisos -não mais ditatoriais como naquela temporada em que tudo era pelo joelho. Fazer boa moda é, portanto, prestar atenção na silhueta.
Para comprar bem, informação será a palavra-chave -ou você corre o risco de sair vestido de personagem de época. (EP)


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