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Modernismo influenciou
do enviado a Lisboa
A azulejaria portuguesa no século 20 não passou imune ao modernismo. Apesar de a modalidade artística ter sido enfraquecida pelo
Estado Novo português, a partir de
1946, com o artista Jorge Barradas,
a técnica ganha novo vigor.
Das obras que criou, são destacados pela revista os azulejos da antiga Embaixada de Portugal no Brasil (no Rio), o Palácio São Clemente. Hoje, o prédio serve de residência consular na cidade.
No vestíbulo, duas figuras, um
homem e uma mulher, recortados,
dominam a decoração.
Os dois estão ligeiramente inclinados, ele para a direita, ela para a
esquerda.
A pintura de azulejo continua
sendo uma das possibilidades criadas pela técnica no século 20, mas
é, obviamente, a menos difundida.
"O azulejo é um suporte de uma
experiência estética, podemos fazer com eles o que quisermos", diz
Paulo Henriques, diretor do Museu Nacional do Azulejo.
Em seu artigo na "Oceanos", o
historiador discute as possibilidades e as necessidades criadas pela
indústria do azulejo.
A partir do uso de padrões, o designer de azulejo desenvolve um
modelo que, partindo da forma como é combinado, cria desenhos diferentes. Com as padronagens, em
geral de dois planos (um sendo o
"negativo" do outro), os criadores
de azulejos produzem "obras abertas", ampliando a possibilidade de
criação dos que se utilizam das peças, acredita o historiador.
O método é usado por Maria
Keil, importante azulejista portuguesa, que combina os módulos
com a pintura tradicional.
(HCS)
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