da Reportagem Local

Para o promotor da Vara Central de Infância e Juventude de São Paulo, Clilton Guimarães dos Santos, "o governo federal está sendo omisso quanto aos abusos da TV".
"É estranho o secretário (José Gregori) ameaçar as televisões e não fazer cumprir aquilo que a Constituição Federal manda, que é as emissoras respeitarem os valores éticos e morais. Está configurada a omissão do governo", diz.
Gregori discorda: "Ocorreram algumas respostas desde que comecei o diálogo com as emissoras, mas a coagulação não ocorreu. As emissoras, verbalmente, demonstram boas intenções, mas na prática apenas maneiraram um pouco".
Clilton Guimarães dos Santos foi o promotor que elaborou ação civil pública contra o "Programa do Ratinho", em novembro passado. Na ação, que deve ser julgada até agosto pela 34ª Vara da Cível de São Paulo, o Ministério Público pede que o SBT pague indenização de R$ 25 milhões por desrespeito aos direitos humanos no "Programa do Ratinho" ou que exiba um programa educativo.
A ação também resultou em uma liminar, até hoje em vigor, que proíbe o "Programa do Ratinho" de exibir brigas e deficientes.
Parte da ação de Santos é sustentada por reportagem da Folha, de outubro, que mostrava que o "Programa do Ratinho" pagava a desempregados para brigarem e interpretarem papéis de marido traído, travesti e falso curandeiro.



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