São Paulo, sexta-feira, 03 de agosto de 2001

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"Ela podia ser mais animal", afirma Carter

MILLY LACOMBE
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES

Ari não é uma macaca qualquer. Ari, segundo o roteiro de William Broyles ("O Náufrago") para o novo "Planeta dos Macacos", deveria ser a chimpanzé mais atraente, sensível e inteligente do universo primata de US$ 100 milhões que Tim Burton recriaria.
E foi com esse briefing que Burton decidiu convidar a inglesa Helena Bonham-Carter, de "Clube da Luta", para o papel. "Ele me ligou e disse: "Não me leve a mal, mas você é minha primeira opção para ser Ari, uma das estrelas de meu novo filme. Ela é sensual, determinada e perspicaz. Ah, e antes que me esqueça: ela é uma chimpanzé'", lembrou Carter, 35, à Folha, em Los Angeles.
"Aceitei na hora, queria participar da escola de macacos que eles estavam criando." A tal escola, idealizada por Terry Notary, um ex-integrante do Cirque du Soleil, ensinaria ao elenco de chimpanzés, gorilas e orangotangos a se comportar como tais. "Sempre soube que só teria a ganhar aprendendo a ser um chimpanzé."
Apesar dessa vontade ancestral, Carter foi reprovada em sua primeira tentativa de se transformar em macaco. "Enquanto chimpanzé, eu a diagnostiquei com um tipo agudo de deficiência de concentração", brincou Notary.
Passada essa fase, era chegada a hora de sentar por quase seis horas diárias na cadeira do sete vezes oscarizado maquiador Rick Baker; um metódico processo de colagem de placas de borracha em seu rosto tinha início todos os dias às 2h da manhã.
"Minha maquiagem era a mais demorada porque eles queriam me fazer sedutora e atraente. Como eu deveria ser o "não-convencional" interesse sexual de Mark [Wahlberg", eles precisaram caprichar ainda mais", contou ela explicando que, se sua vontade prevalecesse, Ari acabaria não sendo uma supermodel primata. "Eu queria que ela parecesse ainda mais animal."


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