São Paulo, sábado, 03 de setembro de 2011

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Théâtre du Soleil faz referência à própria saga

DE SÃO PAULO

O Théâtre du Soleil revisa, de certa forma, sua própria história em "Os Náufragos da Louca Esperança". Foi um espelhamento involuntário.
"Não prevíamos isso, mas é verdade que nossas ideias estão em cena. Indiretamente, a peça é sobre a gente", admite a brasileira Juliana Carneiro da Cunha, atriz que integra a trupe.
O espetáculo conta duas histórias. A primeira se passa em 1914 e retrata a tentativa de um grupo de cineastas de fazer um filme às vésperas da Primeira Guerra Mundial.
A outra é a do filme em si. Acontece em 1896 e foi livremente adaptada do livro póstumo de Júlio Verne (1828-1905) que dá nome ao espetáculo. Nela, um grupo de imigrantes parte do Reino Unido para a Austrália em busca de um sonho. A viagem é interrompida na Patagônia, onde o navio naufraga.
O ideal socialista dos viajantes é o mesmo da trupe. "Os irmãos que fazem o filme falam explicitamente sobre isso. Discutem sobre como dividir, exigir e encontrar a felicidade numa vivência em grupo", explica Juliana.
Desde 1970, o Théâtre du Soleil ocupa uma antiga fábrica de munição nos arredores de Paris. O local se transformou numa sociedade alternativa em que todos ganham o mesmo salário e são igualmente responsáveis pela manutenção do espaço.


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