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Rio tem forte safra teatral, que deve vir
a São Paulo
LENISE PINHEIRO
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
Quem anda pelo Rio de Janeiro agora pode conferir que
estão cada vez mais concorridos os cerca de 20 mil assentos
das salas de teatro da cidade.
A abertura e a consolidação
de espaços como o teatro Poeira e o Solar de Botafogo e o Espaço Tom Jobim, no Jardim
Botânico, ampliaram a ressonância do teatro de pesquisa e
investigação. E a atual temporada vem com oferta de espetáculos consistentes, que devem
fazer escala em São Paulo.
Mesmo durante a semana, o
público comparece. Atendendo
a pedidos, "Solteira, Casada,
Viúva e Divorciada", em cartaz
às terças e quartas, teve temporada no Café Pequeno (Leblon)
prorrogada em seis semanas.
"Esse texto dá sorte", brinca a
diretora Rose Abdallah.
Mas o cenário romântico tem
contrastes. O ator e diretor de
arte Claudio Tovar de "Diário
de um Louco", faz crítica incisiva. "Há um descompasso no
teatro, em função da má administração das salas.É desumano
ter de pagar taxas, equivalentes
a cinco meias [entradas] apenas para poder ligar o ar-condicionado [no ensaio]."
O teatro é uma nação, e as
atribuições de uma montagem
são as mesmas em qualquer cidade. Não há diferença. É o que
conclui esta fotógrafa de palco
que peregrina pelas salas do eixo Rio-SP. E pelos festivais de
teatro país afora.
Contabilizei a inspiração recolhida em solo fluminense. Do
Caju de Nelson Rodrigues à Gávea, ao Jardim Botânico.
O resultado está nas imagens
ao lado. Outras podem ser vistas no cacilda.folha.blog.uol.com.br.
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